Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A segunda visão - Dn 8

Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 4 de dezembro de 2011
Pr. Plínio Fernandes

Amados irmãos, vamos ler Daniel cap. 8.
1 No ano terceiro do reinado do rei Belsazar, eu, Daniel, tive uma visão depois daquela que eu tivera a princípio. 2 Quando a visão me veio, pareceu-me estar eu na cidadela de Susã, que é província de Elão, e vi que estava junto ao rio Ulai. 3 Então, levantei os olhos e vi, e eis que, diante do rio, estava um carneiro, o qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um, mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último. 4 Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir, nem havia quem pudesse livrar-se do seu poder; ele, porém, fazia segundo a sua vontade e, assim, se engrandecia. 5 Estando eu observando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; este bode tinha um chifre notável entre os olhos; 6 dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o seu furioso poder. 7 Vi-o chegar perto do carneiro, e, enfurecido contra ele, o feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir; e o bode o lançou por terra e o pisou aos pés, e não houve quem pudesse livrar o carneiro do poder dele. 8 O bode se engrandeceu sobremaneira; e, na sua força, quebrou-se-lhe o grande chifre, e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu. 9 De um dos chifres saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa. 10 Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. 11 Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo. 12 O exército lhe foi entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que fez prosperou. 13 Depois, ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados? 14 Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado. 15 Havendo eu, Daniel, tido a visão, procurei entendê-la, e eis que se me apresentou diante uma como aparência de homem. 16 E ouvi uma voz de homem de entre as margens do Ulai, a qual gritou e disse: Gabriel, dá a entender a este a visão. 17 Veio, pois, para perto donde eu estava; ao chegar ele, fiquei amedrontado e prostrei-me com o rosto em terra; mas ele me disse: Entende, filho do homem, pois esta visão se refere ao tempo do fim. 18 Falava ele comigo quando caí sem sentidos, rosto em terra; ele, porém, me tocou e me pôs em pé no lugar onde eu me achava; 19 e disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira, porque esta visão se refere ao tempo determinado do fim. 20 Aquele carneiro com dois chifres, que viste, são os reis da Média e da Pérsia; 21 mas o bode peludo é o rei da Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei; 22 o ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro reinos se levantarão deste povo, mas não com força igual à que ele tinha. 23 Mas, no fim do seu reinado, quando os prevaricadores acabarem, levantar-se-á um rei de feroz catadura e especialista em intrigas. 24 Grande é o seu poder, mas não por sua própria força; causará estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe aprouver; destruirá os poderosos e o povo santo. 25 Por sua astúcia nos seus empreendimentos, fará prosperar o engano, no seu coração se engrandecerá e destruirá a muitos que vivem despreocupadamente; levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes, mas será quebrado sem esforço de mãos humanas. 26 A visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira; tu, porém, preserva a visão, porque se refere a dias ainda mui distantes. 27 Eu, Daniel, enfraqueci e estive enfermo alguns dias; então, me levantei e tratei dos negócios do rei. Espantava-me com a visão, e não havia quem a entendesse.
   Vamos supor que durante a semana você fosse a uma biblioteca pública, a fim de fazer uma pesquisa sobre a História do Brasil.
    E depois de pesquisar algum tempo, a fim de pensar nalgum outro assunto, você fosse à seção de livros religiosos. E entre eles você descobrisse um livro antigo, com as folhas grossas e envelhecidas, como as dos livros antigos, carcomido nas bordas.
   E o nome do livro te chamasse atenção: “Profecias a respeito do futuro do Brasil”. Então você abrisse o livro e houvesse nele a data da publicação: 1839.
   Logo você perceberia que muitas palavras eram escritas com uma grafia diferente da nossa: “farmácia com ph” (pharmácia), comércio com “dois emes” no meio (mm), português com “z” no final.
    Então, guiado pela curiosidade, você começasse a folhear as páginas, e lesse coisas como estas:
    Ainda nestes tempos, o Império do Brasil irá se tornar uma nação republicana.
    Depois de muitos dias, um brasileiro levará os homens a viajar voando pelo céu.
    O Brasil terá um presidente chamado “Lula”.
    E muitas outras afirmações que, à medida que você lesse, constatasse que se tornaram história real, fatos concretos.
    O que você pensaria deste livro? Com que curiosidade você continuaria a leitura?
   E mais: e se você lesse neste livro que no ano de 2020, o Brasil se tornaria o maior produtor de petróleo mundial, e por causa disto a pobreza seria completamente erradicada do nosso país?
    Creio, irmãos, que isto pode nos dar um pequeno vislumbre do que sentiria um judeu do século II antes de Cristo, diante das atrocidades que um rei chamado Antíoco IV (ou, como ele se intitulou, Antíoco Epifânio) estava perpetrando sobre os judeus fiéis.
    Se naqueles dias um judeu tomasse em suas mãos o livro de Daniel, ele leria ali que tudo quanto estava acontecendo já havia sido previsto, mas também que em breve aquela tribulação iria acabar, e em breve eles poderiam voltar a adorar ao Senhor livres de seu inimigo.
    Isto lhe daria novas forças, novo ânimo para perseverar em sua fidelidade.
  Assim como as profecias anteriores, nos capítulos 2 e 7, Daniel capítulo 8 foi escrito com o propósito de fortalecer os crentes em tempos de tribulação. Mas cobre um período menor de tempo.
    Em nosso estudo de hoje, eu gostaria de fazer duas coisas:
   1. Apresentar aos irmãos uma visão geral do capítulo, comparando-o com as outras visões que são registradas no livro.
    2. Tirar para nós três lições das quais não podemos nos esquecer, para ser fortes.
   1. Uma visão geral do capítulo
   Como já lemos no próprio texto, a visão destes dois animais, isto é, a visão do carneiro em luta com um bode, é uma visão sobre os dois reinos que seguiriam ao império babilônico.
   Daniel nos diz que esta visão aconteceu no terceiro ano do rei Belsazar, isto é, por volta de 550 a. C., dois anos depois da visão do capítulo 7, e catorze anos antes dos fatos previstos começarem a acontecer.
    Mas nesta visão, Daniel, que na época residia na cidade da Babilônia, a capital do reino, se viu na cidade de Susã, que viria a ser uma das capitais do reino medo-persa ( a mesma cidade onde lemos que Neemias serviria ao rei Artaxerxes).
    Ali havia um imenso canal artificial, conhecido como rio Ulai.
   Daniel estava olhando, e viu um carneiro que tinha dois chifres enormes, sendo que um era maior que o outro. Ele dava chifradas para o oeste, para o norte e para o sul. E animal algum podia lhe resistir. A cada momento ele se engrandecia e se tornava ainda mais poderoso.
    O versículo 20 nos explica o que significava isto com uma clareza cristalina:
    Aquele carneiro com dois chifres, que viste, são os reis da Média e da Pérsia.
  Como já temos visto anteriormente, a Média e a Pérsia, anos depois formariam um império e causariam a queda da Babilônia. E naquele novo império, a Pérsia é que teria um poder maior.
   O símbolo da Pérsia era um carneiro. Quando iam para a guerra, os reis persas portavam a imagem de um carneiro à sua frente.
  Uma característica dos carneiros é serem agressivos e darem chifradas. Na frente de Daniel, o carneiro pulava e dava chifradas em todas as direções, exceto para o leste.
    Os medo-persas fizeram muitas conquistas militares, especialmente sob o governo de Ciro.
    Na visão anterior, seu império fora anunciado com as palavras: “Levanta-te, devora muita carne”.
  Mas não puderam ganhar muito território no oriente, e o que conquistaram ali, muito cedo perderam. A visão profética de Daniel se cumpriu com exatidão nos eventos históricos que se seguiram.
    Vindo do oeste, surgiu um bode que tinha um chifre no meio de sua testa.
    O v. 21 nos diz o que este bode simbolizava:
    mas o bode peludo é o rei da Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei.
    O primeiro rei do império grego foi Alexandre, o Grande.
  Suas conquistas foram rápidas e extensas. Ele foi entronizado com 20 anos de idade; aos 23 começou a sua marcha, em apenas 10 anos havia conquistado todo o império medo-persa.
    Por isto Daniel vê um bode que corre tão rápido, sobre toda a terra, que seus pés não tocam o chão.
    O v. 6 nos diz que o bode correu contra o carneiro, atacou furiosamente e o lançou por terra.
    Os chifres do carneiro foram quebrados, e ninguém na terra foi capaz de livrá-lo do poder do bode.
    É uma profecia da completa derrota que os medo-persas tiveram diante dos gregos.
    O v. 8 nos diz que “o bode se engrandeceu sobremaneira”.
 Por causa da grande velocidade e do tamanho suas conquistas, Alexandre, o Grande, inevitavelmente, tornou-se orgulhoso. Mas sua arrogância durou pouco.
   Com apenas 33 anos, no auge de suas conquistas, Alexandre adoeceu e morreu: “na sua força, quebrou-se-lhe o grande chifre”.
    Leiamos os vs. 8 e 9
8 O bode se engrandeceu sobremaneira; e, na sua força, quebrou-se-lhe o grande chifre, e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu. 9 De um dos chifres saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa.
   Quatro reis substituíram Alexandre. Depois de sua morte, o império grego firmou-se sob quatro governantes distintos, quatro generais do exército de Alexandre.
    A Macedônia ficou sob Cassandro, a Ásia Menor sob Lisímaco, a Síria sob Selêuco e o Egito sob Ptolomeu.
   No lugar do chifre notável, havia quatro outros, mas nenhum deles foi tão poderoso quanto o primeiro.
    Mas de um dos quatro saiu um chifre pequeno. Este chifre pequeno é o grande inimigo do povo de Deus no cap. 8.
    Os vs. 9-12 descrevem os males que ele provocou:
9 De um dos chifres saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa. 10 Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. 11 Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo. 12 O exército lhe foi entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que fez prosperou.
    De um começo insignificante, este novo rei cresceu até adquirir grande poder, estendeu-se para o sul, o leste e a “terra gloriosa”, isto é, a terra de Canaã.
   Estes versículos descrevem a ascensão de um homem conhecido na história como Antíoco Epifânio.
    Epifânio foi o título que o rei Antioco deu-se a si mesmo. Quer dizer “manifestação do divino”, mas desdenhosa e acertadamente os judeus o chamavam de Antíoco Epimanio, isto é, “o louco”.
    Como profetizado, ele surgiu de uma das quatro divisões do império grego.
    Antíoco surgiu do domínio de Selêuco, ou reino selêucida, e logo depois saqueou o Egito com um imenso exército. Em seguida conquistou a Armênia e as regiões próximas. E depois a terra de Canaã.
    Este chifre pequeno “cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou”.
   Em Êxodo 7.4 e 12.41, as tribos de Israel são chamadas de “as hostes, (ou exércitos) do SENHOR”.
   Então o que temos aqui é uma aos crimes de Antíoco contra o povo do Senhor, a quem cruelmente esmagou.
   Perseguir a igreja é pecar contra o céu. Como mais tarde lemos nas palavras de Jesus a Paulo, registradas em Atos 9:4, pelo fato de que Saulo perseguia a igreja de Jesus: “Saulo, Saulo, porque me persegues”?
   Antíoco Epifânio desafiou a Deus, “o príncipe do exército”. Fez com que os sacrifícios diários fossem tirados, e no santuário de Jeová colocou uma estátua de Zeus. Ordenou que porcos fossem sacrificados no altar do Senhor.
    Proibiu a circuncisão e procurou tornar Israel numa nação cultural e religiosamente grega. E tudo o que ele fez prosperou.
   Do mesmo modo que os sacrifícios diários foram entregues nas mãos de Antíoco, e ele os profanou, assim também um enorme número judeus foi posto em suas mãos e fez com eles o que desejava.
    Foi um tempo, na história de Israel, quando a verdade foi lançada por terra, e este homem ímpio praticou o mal sem restrições, prosperando nisto. Foi um período de sofrimento inconcebível para o povo de Deus.
    Mas a visão continua: vs. 13 e 14:
13 Depois, ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados? 14 Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.
    De 171 a 165 a.C., um período de pouco mais que seis anos, Antíoco Epifânio perseguiu os judeus e continuou com suas abominações. Durante os últimos três anos e meio deste período, o templo foi usado para sacrifícios pagãos.
    Mas entre os israelitas surgiu uma família, que veio a ser conhecida como os Macabeus.
    Esta é uma história registrada nos dois livros dos Macabeus.
  Se você se interessar, ainda que não os consideremos inspirados por Deus, são livros muito interessantes, que nos ajudam a conhecer a história de Israel nos dias do período interbíblico, isto é, entre o profeta Malaquias e o Evangelho de Mateus.
    Os Macabeus foram os líderes que conduziram os judeus a uma revolta militar muito eficiente, que permitiu que o templo fosse novamente consagrado e aberto ao culto a Jeová.
   Em alusão a esta restauração do santuário é que os judeus incluíram em suas celebrações a chamada festa da dedicação, da qual Jesus sempre participava, mencionada em João 10:22.
    Pouco depois, Antíoco morreu.
  A promessa no final do versículo 14 se tornou realidade. Tudo aconteceu como Daniel havia antecipadamente visto e ouvido.
   A esta altura eu creio ser útil usar de uma tabela que nos ajude a comparar as três profecias que vimos até agora:

As três primeiras profecias em Daniel
Cap. 2
A Estátua de Nabucodonosor
Os quatro reinos
Cap. 7
Os quatro animais
Quatro reinos
Cap.8
Dois animais
Dois reinos


Babilônico




Babilônico



Medo-persa




Medo-persa


Medo-persa



Grego


Grego
Grego
1.      Alexandre, o Grande
2.      A divisão do império em 4 reinos
3.      Antíoco Epifânio
4.      A restauração do santuário


Romano
Primeira Vinda de Cristo



Romano
2ª Vinda de Cristo, antecedida pelo anticristo.



   Se acrescentarmos mais duas colunas à direita desta tabela, como veremos em estudos posteriores, perceberemos que cada uma das profecias de Daniel, ao mesmo tempo em que fala dos mesmos assuntos anteriores, trás alguma informação nova.
   Assim, podemos ver que no capítulo dois, além dos quatro reinos, a vinda do reino de Deus na 1ª vinda de Jesus. Este é o reino que cresce até alcançar a terra inteira.
   No cap. 7, a vinda de Jesus para o juízo final e o reino eterno. O anticristo vem antes disto.
   Do cap. 8 ao 13, há três profecias também com elementos diferentes
   No cap. 8, a restauração e rededicação do santuário pelos Macabeus.
   No cap. 9, a expiação dos pecados através da morte do Ungido do Senhor.
   Nos caps. 10-13, a grande tribulação e a vinda do reino eterno.
  Me parece que podemos entender as profecias de Daniel (e do Antigo Testamento em geral), usando uma ilustração para descrever a perspectiva do profeta: é como se ele estivesse olhando para uma cadeia de montanhas, sendo que as mais altas estão atrás das mais baixas. Então ele vê a mais baixa em sua inteireza, mas também consegue enxergar uma parte das montanhas mais altas.

   2. Três grandes lições
   2.1. Esta profecia é um exemplo daquela doutrina maravilhosa que sustenta a nossa fé a cada dia, afirmada por Jesus
Mt 24:35
Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.  (36 Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai).
   Por várias vezes temos enfatizado a maneira maravilhosa como as profecias testemunham que a Bíblia é, de fato, a Palavra de Deus.
    Nunca é demais repetir esta verdade tremenda.
    Pois como o anjo Gabriel disse a Daniel, no v. 26, “a visão é certa e verdadeira”.
   A história dos medo-persas, o surgimento do império grego e sua posterior divisão em quatro,
   Antíoco Epifânio, os sofrimentos que ele infligiu sobre a igreja do Antigo Testamento, mas também sua morte e a restauração do culto, todas estas coisas, profetizadas centenas de anos antes, mais uma vez, comprovaram a veracidade da Bíblia.
   Assim como disse Jesus a respeito de suas palavras, podemos dizer a respeito da Bíblia como um todo: passarão os céus e a terra, mas a Palavra de Deus jamais passará.
    Conheça a Bíblia, confie na Bíblia.
   2.2. A injustiça tem limite
   A Bíblia diz que a injustiça tem limite.
vs. 13 e 14:
13 Depois, ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados? 14 Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.
    Quando se trata de profecias apocalípticas, nós não devemos tomar os números literalmente. Eles geralmente são simbólicos.
    Algumas pessoas tomam os números em Daniel e começam a “fazer contas”, estipulando o dia da volta de Cristo, do juízo final e coisas parecidas.
    Mas como disse Jesus, aquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem mesmo ele, mas somente o Pai.
    Mas há uma verdade que pode facilmente ser observada. É que de acordo com Deus, tudo tem seu tempo determinado debaixo do céu.
    Até mesmo o tempo do domínio dos tiranos, da injustiça, dos governantes iníquos.
    Mas assim como há o tempo em que o mal parece triunfar, existe também o dia da virada.
  Então, se injustiças tem acontecido, na desanime. Permaneça nos caminhos do Senhor. Seja paciente.
    Sl 37:4-11
4 Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração. 5 Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará. 6 Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia. 7 Descansa no SENHOR e espera nele, não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios. 8 Deixa a ira, abandona o furor; não te impacientes; certamente, isso acabará mal. 9 Porque os malfeitores serão exterminados, mas os que esperam no SENHOR possuirão a terra. 10 Mais um pouco de tempo, e já não existirá o ímpio; procurarás o seu lugar e não o acharás. 11 Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz.
    E isto nos leva à terceira lição:
    2.3. O valor da nossa fé
    O apóstolo Pedro, fazendo um comentário a respeito da nossa fé, relacionando-a com as profecias e as provações do tempo presente, tem muito a nos ensinar neste sentido:
    1ª Pe 1:3-12
   Primeiramente leiamos os vs. 3-5 – aqui ele exalta o nome de Deus por causa da salvação das nossas almas
3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,4 para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros 5 que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.
    Agora, nos vs. 6-9 ele diz que enquanto o último tempo (e último tempo aqui significa o dia da volta de Cristo), a nossa fé está sendo provada.
6 Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, 7 para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; 8 a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, 9 obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma.
    A finalidade da nossa fé é a salvação das nossas almas, que será revelada no último tempo. Note que Pedro diz que nos presente, por breve tempo, nossa fé está sendo provada, se necessário.
    Eu sei que se estamos sendo provados, muitas vezes este tempo não parece ser breve.
   Mas eu quero perguntar: Quanto tempo dura a vida eterna? E se a nossa fé está sendo preparado para a eternidade, será que todo o tempo em que formos provados aqui não vale a pena?
    Então, irmãos, se estamos sendo provados, embranquecidos, aguentemos firme.
    As aflições não podem nos causar dano, quando misturadas com submissão (a Deus).
    Agora, nos vs. 10-12 Pedro relaciona estas coisas com as profecias do Antigo Testamento:
10 Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada, 11 investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam. 12 A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar.
    Não é lindo o que Pedro diz aqui?
    Ele nos ensina que quando os profetas do Antigo Testamento falavam de suas visões, das Palavras de Deus que vinham a eles, do futuro sofrimento de Jesus e a consequente glórias, isto é, a consumação de todo o plano de Deus, a eles foi revelado que, não era para eles, mas para nós que eles estavam profetizando tudo.
    Quando as profecias da Bíblia foram escritas, Deus estava pensando em nós.
    Assim como o Espírito Santo estava nos profetas, ele estaria sobre os pregadores do Evangelho, a fim de que pelas profecias crêssemos em Jesus.
    Para que por elas fossemos salvos. Para que por elas fossemos fortalecidos.
   E Pedro segue dizendo que então devemos usar nosso entendimento, e nos santificarmos até à vinda de Jesus.
    Então veja que grande tesouro você tem depositado em sua alma: uma fé preciosa, pela qual você é salvo, e pela qual permanece firme.
▲Topo