Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Herdeiros da Reforma (3): Somente a graça - Gl 5:4,5


Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 17 de outubro de 2010
Pr. Plínio Fernandes

Meus amados, vamos ler Gálatas 5:4, 5
4 De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes. 5 Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé. 
Neste mês de outubro, estamos comemorando o aniversário da Reforma Protestante. Ela foi um movimento ocorrido na Europa do século XVI, que trouxe de volta verdades bíblicas que estavam sendo rejeitadas pela igreja daquela época.
Os efeitos daquele movimento perduram até hoje: se nesta noite estamos aqui com nossas Bíblias abertas, podendo estudá-las livremente, e por meio delas ouvir a voz de Deus a falar conosco, este é um dos frutos da Reforma, da qual somos filhos. Toda a nossa maneira de adorar ao Senhor, todo o nosso entendimento de Deus e da salvação das nossas almas, isto é, todas as nossas doutrinas, e o resultado delas, toda a nossa filosofia e modo de vida, uma vez que somos crentes no Evangelho de Jesus, é fruto da Reforma.
E nesta comemoração, estamos nos dedicando a cinco grandes ensinos que a reformadores enfatizaram, e que são nossa herança doutrinária. As cinco doutrinas que estamos estudando são conhecidas como:
 Somente as Escrituras
 Somente Cristo
 Somente a Graça
 Somente pela Fé
 Glória somente a Deus.
Cada um destes “somente” se manifestou como um ponto de vista diferente que os reformadores tinham em relação ao que era ensinado pela Igreja Católica. Nos domingos anteriores, estudamos os primeiros dois “somente”: “Somente as Escrituras”, e “Somente Cristo”.
Hoje estaremos estudando um assunto intimamente ligado com o do domingo passado: “Somente a graça”. Digo intimamente ligado ao assunto “Somente Cristo”, tanto por sua lógica quanto por causa daquilo que Paulo escreve no v. 4 de nosso texto:
“De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes”.
Estar desligado da graça significa estar desligado de Cristo. Cristo e graça são inseparáveis, de sorte que, estar separado de um, é estar privado do outro.
Para entendermos o que significa “Somente a graça”, precisamos recordar qual era a doutrina católica a que os reformadores estavam reagindo. Para isto, há duas coisas que vamos relembrar sobre “os cinco somente”.
Primeira: cada um deles, uma vez aceito, conduz naturalmente ao outro. Se eu aceitar a verdade de que “somente a Bíblia” é inspirada por Deus, a Palavra de Deus dada a nós como única regra de nossa fé e prática, consequentemente aceitarei a doutrina bíblica de que a única pessoa que pode me salvar é o Senhor Jesus. Da mesma forma, se eu aceitar a doutrina de que só Jesus Cristo salva, e que em mim mesmo não há nada que eu possa fazer para me salvar, e também em nenhuma outra pessoa, então aceitarei a doutrina da salvação “somente pela graça”. Em seguida, aceitarei também a doutrina da salvação somente pela fé como meio de alcançar a graça, e entenderei a doutrina da “glória somente a Deus”.
Segunda: como já vimos anteriormente, a Reforma Protestante aconteceu porque os padres reformadores rejeitaram o ensino católico romano, no sentido de que a Bíblia, a tradição e o magistério da Igreja estão “em pé de igualdade”. Segundo os reformadores, uma vez que a tradição e o magistério da igreja muitas vezes contradizem o ensino da Bíblia, devem ser rejeitados como fonte suprema de autoridade, porque somente a Bíblia é inspirada por Deus.
Pois bem; já que, para a igreja católica romana, a fonte de autoridade doutrinária vai além da Bíblia, essa mesma igreja acrescentou meios não bíblicos para se alcançar a salvação: neste sistema, a salvação é concedida através dos meios de graça que pertencem à igreja – o ministério dos sacerdotes (missa, confissão, unção dos enfermos, etc.), o culto aos santos, as indulgências; meios estes que, segundo a igreja católica, alcançam até mesmo as almas daqueles que já morreram.
Em outras palavras, para a igreja católica a salvação é dada por Cristo, à qual são acrescentadas as obras da igreja. Como dizem os seus teólogos, “fora da Igreja não há salvação” (e Igreja, aqui, entendida não como a reunião de todos os eleitos de Deus, mas como a instituição eclesiástica católica romana). E deste modo, não é também somente pela graça de Deus; para a salvação da alma é necessária sim, a graça de Deus, mas não apenas ela: é necessário o esforço humano, é necessária a cooperação do homem, as obras e a atitude do homem. O homem tem livre arbítrio, e precisa usar a sua vontade para buscar a Deus. Eu acho que neste sentido muitos evangélicos são católicos em sua maneira de pensar.
Então, mais uma vez, os reformadores discordaram da doutrina católica– eles disseram:
O homem realmente deve se arrepender de seus pecados e buscar a Deus através da fé, mas até mesmo isto é algo que o homem não pode fazer por si mesmo. Espiritualmente falando, o homem não está apenas enfermo: ele está morto, e uma pessoa espiritualmente morta não tem como agir espiritualmente. O homem só se arrepende e só tem fé em Cristo, quando estas coisas também são concedidas pela graça de Deus. E mesmo sendo convertido, continua sendo pecador, e então só continua salvo pela graça de Deus, e não porque depois de sua conversão faça algo que o torne merecedor. Então não é a graça somada ao esforço da vontade humana: é somente a graça.
Porque somente a graça?
Afinal, o que estamos dizendo, junto com a Bíblia, quando afirmamos que a nossa salvação, e tudo o mais que ela implica, é algo que temos pela graça de Deus?
O que é graça?
1.1 – Na língua grega, a palavra “graça” vem de uma raiz que significa “estar contente, alegre, feliz”.
Quando se fala da graça de Deus, a ideia que se transmite é a de que ele promove a felicidade do ser humano. E neste sentido, as palavras grega e hebraica são traduzidas de várias maneiras: misericórdia, amor, bondade, amor de aliança, benignidade.
1.2 – Depois, num passo adiante, a palavra graça trás consigo a ideia de que algo foi dado apenas porque alguém tinha a alegre disposição de dar.
Em nossa língua também podemos encontrar a palavra graça sendo usada assim. Por exemplo, quando alguém pergunta: “Quanto custa este livro?” E outra pessoa responde: “Não é nada, pode levar que é de graça.” Significa que a pessoa alcançada por esta graça não precisa pagar, não precisa trabalhar, não precisa merecer para receber. Tudo o que ela deve fazer é simplesmente receber aquilo que está sendo dado gratuitamente.
Assim, é uma palavra empregada para descrever qualquer bênção espiritual concedida por Deus. Por exemplo: pode significar um dom espiritual, no sentido de capacitação para um ministério, como a pregação, Pode significar o passar por uma situação de vida que nos leve a uma identificação maior com Jesus; por exemplo, Paulo escreveu aos filipenses que a eles foi concedida a graça de padecer por causa de Jesus, e não somente a graça de crer nele. Pode significar uma disposição espiritual para se fazer algo agradável a Deus: as igrejas da Macedônia receberam a graça de contribuir financeiramente com os irmãos pobres da Judéia. Neste sentido poderia até ser usada esta oração: “Obrigado, Senhor, pela graça alcançada”, isto é, graça tem o sentido de bênção.
Quando a Bíblia fala da graça de Deus, estas duas nuanças se fundem numa só: Deus é imensamente, infinitamente gracioso, isto é, o coração de Deus é um coração amoroso, misericordioso, e por causa deste imenso amor que ele tem por nós, ele nos concede toda a sorte de bênção, a começar da nossa salvação.
Ef 2:4-9
4Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela graça sois salvos, 6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; 7 para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. 8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.
Vamos fazer duas ou três observações:
Primeira – a graça é esta amorosa disposição que Deus tem para conosco. Ele é rico em misericórdia.
O amor que ele tem por nós é grande demais. Ele desejava demonstrar a suprema riqueza de sua graça em bondade para conosco.
Segunda – todo este amor, graça, misericórdia e bondade de Deus nos são dados em Cristo.
Por isto que Paulo diz na carta aos Gálatas que se você se separar de Cristo você está separado da graça de Deus. Fora de Cristo não podemos conhecer a graça de Deus. Por outro lado, se alguém quiser Cristo, é através da graça de Deus. Sem a graça, não podemos ter Cristo.
Terceira: é por meio da graça de Deus em Cristo que temos a salvação de nossa alma.
E isto exclui qualquer obra de nossa parte, ou da parte de qualquer outra pessoa. Pela graça sois salvos... e isto não vem de vós, é dom de Deus, não de obras. Este é um ponto crucial:
Rm 11:6
E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.
Então existem dois caminhos que são pregados como meio de se alcançar a salvação. O caminho das obras: segundo este ensino, a salvação é um prêmio que Deus concede aos que praticam as obras certas: podem ser na forma de ajuda aos necessitados, ou na forma de cerimônias religiosas – este é o ensino de todas as outras religiões que não a evangélica.
E existe o caminho da graça. A graça elimina a ideia de se receber algo de Deus como pagamento por alguma coisa que fizemos. Aliás, ao contrário, se nós fossemos receber de Deus de acordo com aquilo que fizemos por merecer, então não seríamos salvos nunca, porque nós somos pecadores, e de acordo com a Bíblia, o pagamento que nós merecemos pelo pecado não é a vida, é a morte, mas Deus, gratuitamente nos dá a vida por meio de Jesus Cristo.
Rm 6:23
Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Se uma pessoa escolhe o caminho das obras, ela está dizendo não ao caminho da graça, e sem a graça ela está separada de Cristo. Se uma pessoa escolhe o caminho da graça, isto significa que ela desiste do caminho das obras para se chegar ao céu, e escolhe estar unida a Cristo através da fé somente.
2.1 – Veja: existem certas coisas, certos movimentos da alma, certas atitudes espirituais, que Deus exige de nós para que sejamos salvos
Uma delas é o arrependimento – At 3:19
Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados
Outra é a fé – At 16:31
Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.
Arrependimento e fé são como que “dois lados da mesma moeda”.
2.2 – Acontece que, separados de Cristo, nem mesmo estas coisas podemos fazer; nós estamos totalmente incapacitados espiritualmente.
Ef 2:1-3
1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; 3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.
Aqui o apóstolo Paulo faz como que uma “ultrassonância espiritual da humanidade” sem Cristo. Humanidade da qual fazíamos parte. Esta humanidade é espiritualmente morta – um morto não tem capacidade de comunicação: não ouve, não fala, não entende, não se move. Sem a graça de Deus, não tem como se arrepender, não tem como crer. Está escravizada ao mundo, à carne e ao diabo.
Isto nos conduz ao próximo ponto
2.3 – Ef 2:4-5
4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela graça sois salvos...
“Mas pastor, eu tive fé, eu me arrependi”. Isto mesmo: você teve fé, você se arrependeu. E por quê? Vejamos o que diz o Espírito Santo:
Ef 2:8, 9
 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus...
At 11:18
E, ouvindo eles estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para vida.
At 16:14
Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia.
Fp 1:29
Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele.
Você, que é crente, sabe destas coisas em seu coração. Você sabe que até mesmo a fé, o arrependimento, o entendimento espiritual, são dons de Deus. Você nem sonha em atribuir a sua conversão à sua própria capacidade espiritual. Nem de longe você atribuir sua fé à sua sabedoria, o seu arrependimento à sua própria capacidade regeneradora. Você sabe que é o que é pela graça de Deus, e somente a graça.
E se você não é crente, da mesma forma eu posso dizer: não adianta você “fazer força para se regenerar”. Se você precisa ser mudado, só Deus pode mudar sua vida. Só Deus pode te dar um novo coração, nova maneira de pensar, transformar você numa nova criação. Você precisa da graça de Deus.
E isto nos conduz ao último ponto que vamos considerar...
3.1 – Ela é maior que o nosso pecado
Rm 5:20
Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça...
Em que sentido o pecado é abundante? O pecado é um fenômeno universal na experiência humana: todos somos pecadores. O pecado é um mal, uma enfermidade da alma que atinge todo o nosso ser: atinge nossa vontade, nosso pensamento, nosso sentimento, de modo que mesmo sem querer nós fazemos o que é mal, e muitas vezes fazemos o mal tendo consciência de que o que estamos fazendo é errado.
O pecado, portanto, atinge todo o nosso comportamento. E por melhores que sejam nossas obras, nenhum de nós pode, com honestidade dizer que não há de alguma forma a mancha do pecado naquilo que fazemos. O pecado também é abundante em seus efeitos, pois, além de nos trazer desintegração interior e degradação moral, traz degradação e deterioração nos relacionamentos: primeiro ele nos separa de Deus, e também nos separa uns dos outros.
Todos os conflitos entre os seres humanos podem ser reduzidos a uma causa básica: pecado. O pecado portanto é um mal, como um câncer, que corrói, destrói, mata aos poucos e faz da vida humana um inferno e conduz o homem para o inferno.
Mas irmãos, que maravilha: o Apóstolo Paulo não se limita a dizer que o pecado é abundante na vida humana. Ele não termina sua frase aí; mas nos diz que, se de um lado o pecado é abundante, existe algo que é maior que o pecado: a graça de Deus é superabundante. E se esta palavra “abundante”, significa algo que cresceu, aumentou, multiplicou-se, até a medida completa, como um copo que foi cheio com água até à borda, então “superabundante” significa mais do que completo, trasbordante, que cresceu e se multiplicou ainda mais. Significa que, assim como o pecado atingiu todas as áreas de nossa existência, mexendo em nossos pensamentos, sentimentos, vontade, comportamento, atitudes, a graça de Deus não deixa por menos, mas toca em todas estas áreas de nossa vida, só que de maneira muito mais plena, mais eficaz, mais poderosa.
3.2 – Por isto, a graça é até maior que a vida
2ª Tm 1:9
[Deus] que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos
Não segundo as nossas obras, não de acordo com aquilo que nós fazemos, mas de acordo com a sua vontade de abençoar-nos, uma vontade que já havia no coração de Deus antes dos tempos eternos.
Podemos descrever isto dizendo que Deus, antes mesmo de criar o mundo, como que viu através da história de todos os tempos e em todos os lugares: viu cada um de nós, mortos em nossos delitos e pecados. Viu cada um dos nossos dias, desde o primeiro até o último, desde o nosso nascimento até o dia em que havemos de morrer. Viu cada uma de nossas obras más, e a condenação da qual nos fizemos dignos. E ali, desde a eternidade, Deus que é santo, justo, bom, nos amou, a nós, que somos pecadores, injustos e maus. E determinou nos salvar em Jesus, e desde lá os concedeu sua graça. Graça eterna, graça que não dependeu de nós, não dependeu de nossas obras, mas somente de Deus. Por isto, esta graça é tudo o que precisamos.
Em certa ocasião o apóstolo Paulo estava muito atribulado, por causa de certas fraquezas físicas que ele tinha. Essas fraquezas o faziam sentir-se desmoralizado, humilhado; eram verdadeiros instrumentos do diabo para desanimá-lo. Então ele orou a Deus. Vamos a 2ª Co 12:7-9
7 E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. 8 Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. 9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.
A minha graça te basta!!! Qual é o tamanho da graça de Deus? É maior que os nossos pecados. É maior que toda a água de todos os oceanos do mundo. É maior que todo o ar que respiramos. Se você fosse um peixinho, será que a água de todo o rio Amazonas bastaria para você? Se você fosse um passarinho, será que toda a atmosfera da terra seria suficiente para você? Você, que é crente em Jesus: será que a graça de Jesus é suficiente para você? Desde quando a graça de Deus existe? Quando ela vai acabar? Ela é desde a eternidade, e por toda a eternidade. Além dela o que mais você precisa? Por isto dizemos “somente a graça”. Não por nossos méritos. Não por nossas obras. Não pelo esforço de outras pessoas. Não por nossas forças. Somente pela graça de Deus que nos é dada em Cristo, e somente em Cristo.
1. A doutrina da graça de Deus deve nos conduzir à fé somente em Jesus, e desistir de qualquer outro meio de alcançar a salvação e todas as bênçãos decorrentes dela:
Não busquemos a salvação em nossas obras. Não busquemos a salvação em nós mesmos em nenhum sentido. Não busquemos a salvação nas obras de ninguém, de nenhuma igreja. Não busquemos a salvação no dinheiro, nem objetos santos. Creiamos somente em Jesus, em sua graça para tudo em nossa vida.
2. Esta doutrina também nos deve fazer agradecidos a Deus
Maravilhosa graça. Maravilhosa salvação. Ela nos diz que o Salvador, realmente salva. Dá-nos certeza da salvação eterna.
3. Ela nos fortalece no amor a Deus. E quanto mais amarmos o nosso Senhor aprenderemos a andar em seus mandamentos, não para sermos salvos, mas por amor àquele que nos salvou.
4. Ela também nos encoraja – nossas fraquezas não nos separam do amor de Deus; antes, nos humilham, e fazendo assim, nos incitam a estar mais perto dele.
5. E também nos encoraja a pregar o evangelho da graça. Este evangelho maravilhoso que diz que só Jesus Cristo salva. Pois não há pecador que não possa ser salvo. Só depende da graça de Deus. 

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