Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 17 de outubro de
2010
Pr. Plínio Fernandes
Meus amados,
vamos ler Gálatas 5:4, 5
4 De
Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça
decaístes. 5
Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da
fé.
Neste mês de outubro, estamos comemorando o aniversário da Reforma
Protestante. Ela foi um movimento ocorrido na Europa do século XVI, que trouxe de
volta verdades bíblicas que estavam sendo rejeitadas pela igreja daquela época.
Os efeitos daquele movimento perduram até hoje: se nesta noite estamos aqui
com nossas Bíblias abertas, podendo estudá-las livremente, e por meio delas
ouvir a voz de Deus a falar conosco, este é um dos frutos da Reforma, da qual
somos filhos. Toda a nossa maneira de adorar ao Senhor, todo o nosso
entendimento de Deus e da salvação das nossas almas, isto é, todas as nossas
doutrinas, e o resultado delas, toda a nossa filosofia e modo de vida, uma vez
que somos crentes no Evangelho de Jesus, é fruto da Reforma.
E nesta comemoração, estamos nos dedicando a cinco grandes ensinos que a reformadores
enfatizaram, e que são nossa herança doutrinária. As cinco doutrinas que estamos
estudando são conhecidas como:
Somente as Escrituras
Somente Cristo
Somente a Graça
Somente pela Fé
Glória somente a Deus.
Cada um destes “somente” se manifestou como um ponto de vista diferente que
os reformadores tinham em relação ao que era ensinado pela Igreja Católica. Nos
domingos anteriores, estudamos os primeiros dois “somente”: “Somente as
Escrituras”, e “Somente Cristo”.
Hoje estaremos estudando um assunto intimamente ligado com o do domingo
passado: “Somente a graça”. Digo intimamente ligado ao assunto “Somente Cristo”,
tanto por sua lógica quanto por causa daquilo que Paulo escreve no v. 4 de
nosso texto:
“De
Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça
decaístes”.
Estar desligado da graça significa estar desligado de Cristo. Cristo e
graça são inseparáveis, de sorte que, estar separado de um, é estar privado do
outro.
Para entendermos o que significa “Somente a graça”, precisamos recordar qual
era a doutrina católica a que os reformadores estavam reagindo. Para isto, há
duas coisas que vamos relembrar sobre “os cinco somente”.
Primeira: cada um deles, uma vez aceito, conduz
naturalmente ao outro. Se eu aceitar a verdade de que “somente a Bíblia” é
inspirada por Deus, a Palavra de Deus dada a nós como única regra de nossa fé e
prática, consequentemente aceitarei a doutrina bíblica de que a única pessoa
que pode me salvar é o Senhor Jesus. Da mesma forma, se eu aceitar a doutrina
de que só Jesus Cristo salva, e que em mim mesmo não há nada que eu possa fazer
para me salvar, e também em nenhuma outra pessoa, então aceitarei a doutrina da
salvação “somente pela graça”. Em seguida, aceitarei também a doutrina da
salvação somente pela fé como meio de alcançar a graça, e entenderei a doutrina
da “glória somente a Deus”.
Segunda: como já vimos anteriormente, a Reforma Protestante aconteceu
porque os padres reformadores rejeitaram o ensino católico romano, no sentido
de que a Bíblia, a tradição e o magistério da Igreja estão “em pé de igualdade”.
Segundo os reformadores, uma vez que a tradição e o magistério da igreja muitas
vezes contradizem o ensino da Bíblia, devem ser rejeitados como fonte suprema
de autoridade, porque somente a Bíblia é inspirada por Deus.
Pois bem; já que, para a
igreja católica romana, a fonte de autoridade doutrinária vai além da Bíblia,
essa mesma igreja acrescentou meios não bíblicos para se alcançar a salvação:
neste sistema, a salvação é concedida através dos meios de graça que pertencem
à igreja – o ministério dos sacerdotes (missa, confissão, unção dos enfermos,
etc.), o culto aos santos, as indulgências; meios estes que, segundo a igreja
católica, alcançam até mesmo as almas daqueles que já morreram.
Em outras palavras, para
a igreja católica a salvação é dada por Cristo, à qual são acrescentadas as obras
da igreja. Como dizem os seus teólogos, “fora da Igreja não há salvação” (e
Igreja, aqui, entendida não como a reunião de todos os eleitos de Deus, mas
como a instituição eclesiástica católica romana). E deste modo, não é também
somente pela graça de Deus; para a salvação da alma é necessária sim, a graça
de Deus, mas não apenas ela: é necessário o esforço humano, é necessária a
cooperação do homem, as obras e a atitude do homem. O homem tem livre arbítrio,
e precisa usar a sua vontade para buscar a Deus. Eu acho que neste sentido
muitos evangélicos são católicos em sua maneira de pensar.
Então, mais uma vez, os
reformadores discordaram da doutrina católica– eles disseram:
O homem realmente deve se arrepender de seus pecados e buscar a Deus
através da fé, mas até mesmo isto é algo que o homem não pode fazer por si
mesmo. Espiritualmente falando, o homem não está apenas enfermo: ele está
morto, e uma pessoa espiritualmente morta não tem como agir espiritualmente. O
homem só se arrepende e só tem fé em Cristo, quando estas coisas também são
concedidas pela graça de Deus. E mesmo sendo convertido, continua sendo
pecador, e então só continua salvo pela graça de Deus, e não porque depois de
sua conversão faça algo que o torne merecedor. Então não é a graça somada ao
esforço da vontade humana: é somente a graça.
Porque somente a graça?
Afinal, o que estamos
dizendo, junto com a Bíblia, quando afirmamos que a nossa salvação, e tudo o
mais que ela implica, é algo que temos pela graça de Deus?
O que é graça?
1.1 – Na língua
grega, a palavra “graça” vem de uma raiz que significa “estar contente, alegre,
feliz”.
Quando se fala da graça
de Deus, a ideia que se transmite é a de que ele promove a felicidade do ser
humano. E neste sentido, as palavras grega e hebraica são traduzidas de várias
maneiras: misericórdia, amor, bondade, amor de aliança, benignidade.
1.2 – Depois, num
passo adiante, a palavra graça trás consigo a ideia de que algo foi dado apenas
porque alguém tinha a alegre disposição de dar.
Em nossa língua também
podemos encontrar a palavra graça sendo usada assim. Por exemplo, quando alguém
pergunta: “Quanto custa este livro?” E outra pessoa responde: “Não é nada, pode
levar que é de graça.” Significa que a pessoa alcançada por esta graça não
precisa pagar, não precisa trabalhar, não precisa merecer para receber. Tudo o
que ela deve fazer é simplesmente receber aquilo que está sendo dado
gratuitamente.
Assim, é uma palavra
empregada para descrever qualquer bênção espiritual concedida por Deus. Por
exemplo: pode significar um dom espiritual, no sentido de capacitação para um
ministério, como a pregação, Pode significar o passar por uma situação de vida
que nos leve a uma identificação maior com Jesus; por exemplo, Paulo escreveu
aos filipenses que a eles foi concedida a graça de padecer por causa de Jesus,
e não somente a graça de crer nele. Pode significar uma disposição espiritual
para se fazer algo agradável a Deus: as igrejas da Macedônia receberam a graça
de contribuir financeiramente com os irmãos pobres da Judéia. Neste sentido
poderia até ser usada esta oração: “Obrigado, Senhor, pela graça alcançada”,
isto é, graça tem o sentido de bênção.
Quando a Bíblia fala da
graça de Deus, estas duas nuanças se fundem numa só: Deus é imensamente,
infinitamente gracioso, isto é, o coração de Deus é um coração amoroso,
misericordioso, e por causa deste imenso amor que ele tem por nós, ele nos
concede toda a sorte de bênção, a começar da nossa salvação.
Ef 2:4-9
4Mas Deus,
sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5
e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela
graça sois salvos, 6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos
fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; 7 para mostrar,
nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco,
em Cristo Jesus. 8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e
isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém
se glorie.
Vamos fazer duas ou três
observações:
Primeira – a graça é esta amorosa disposição que Deus tem para
conosco. Ele é rico em misericórdia.
O amor que ele tem por
nós é grande demais. Ele desejava demonstrar a suprema riqueza de sua graça em
bondade para conosco.
Segunda – todo este amor, graça, misericórdia e bondade de Deus nos
são dados em Cristo.
Por isto que Paulo diz
na carta aos Gálatas que se você se separar de Cristo você está separado da
graça de Deus. Fora de Cristo não podemos conhecer a graça de Deus. Por outro
lado, se alguém quiser Cristo, é através da graça de Deus. Sem a graça, não
podemos ter Cristo.
Terceira: é por meio da graça de Deus em Cristo que temos a
salvação de nossa alma.
E isto exclui qualquer
obra de nossa parte, ou da parte de qualquer outra pessoa. Pela graça sois salvos... e isto não vem de vós, é dom de Deus, não de
obras. Este é um ponto crucial:
Rm 11:6
E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a
graça já não é graça.
Então existem dois
caminhos que são pregados como meio de se alcançar a salvação. O caminho das
obras: segundo este ensino, a salvação é um prêmio que Deus concede aos que
praticam as obras certas: podem ser na forma de ajuda aos necessitados, ou na
forma de cerimônias religiosas – este é o ensino de todas as outras religiões
que não a evangélica.
E existe o caminho da
graça. A graça elimina a ideia de se receber algo de Deus como pagamento por
alguma coisa que fizemos. Aliás, ao contrário, se nós fossemos receber de Deus
de acordo com aquilo que fizemos por merecer, então não seríamos salvos nunca,
porque nós somos pecadores, e de acordo com a Bíblia, o pagamento que nós
merecemos pelo pecado não é a vida, é a morte, mas Deus, gratuitamente nos dá a
vida por meio de Jesus Cristo.
Rm 6:23
Porque o salário do
pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus,
nosso Senhor.
Se uma pessoa escolhe o
caminho das obras, ela está dizendo não ao caminho da graça, e sem a graça ela
está separada de Cristo. Se uma pessoa escolhe o caminho da graça, isto
significa que ela desiste do caminho das obras para se chegar ao céu, e escolhe
estar unida a Cristo através da fé somente.
2.1 – Veja: existem
certas coisas, certos movimentos da alma, certas atitudes espirituais, que Deus
exige de nós para que sejamos salvos
Uma delas é o
arrependimento – At 3:19
Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem
cancelados os vossos pecados
Outra é a fé – At 16:31
Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e
tua casa.
Arrependimento e fé são como que “dois lados da
mesma moeda”.
2.2 – Acontece que,
separados de Cristo, nem mesmo estas coisas podemos fazer; nós estamos
totalmente incapacitados espiritualmente.
Ef 2:1-3
1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e
pecados, 2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo,
segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da
desobediência; 3 entre os quais também todos nós andamos outrora,
segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.
Aqui o apóstolo Paulo faz como que uma “ultrassonância
espiritual da humanidade” sem Cristo. Humanidade da qual fazíamos parte. Esta
humanidade é espiritualmente morta – um morto não tem capacidade de
comunicação: não ouve, não fala, não entende, não se move. Sem a graça de Deus,
não tem como se arrepender, não tem como crer. Está escravizada ao mundo, à
carne e ao diabo.
Isto nos
conduz ao próximo ponto
2.3 – Ef 2:4-5
4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande
amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos
deu vida juntamente com Cristo, – pela graça sois salvos...
“Mas pastor, eu tive fé, eu me arrependi”. Isto
mesmo: você teve fé, você se arrependeu. E por quê? Vejamos o que diz o Espírito
Santo:
Ef 2:8, 9
Porque
pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus...
At 11:18
E, ouvindo eles estas coisas, apaziguaram-se e
glorificaram a Deus, dizendo: Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o
arrependimento para vida.
At 16:14
Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira,
vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o
coração para atender às coisas que Paulo dizia.
Fp 1:29
Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo
e não somente de crerdes nele.
Você, que é crente, sabe destas coisas em seu
coração. Você sabe que até mesmo a fé, o arrependimento, o entendimento
espiritual, são dons de Deus. Você nem sonha em atribuir a sua conversão à sua
própria capacidade espiritual. Nem de longe você atribuir sua fé à sua
sabedoria, o seu arrependimento à sua própria capacidade regeneradora. Você
sabe que é o que é pela graça de Deus, e somente a graça.
E se você não é crente, da mesma forma eu posso
dizer: não adianta você “fazer força para se regenerar”. Se você precisa ser
mudado, só Deus pode mudar sua vida. Só Deus pode te dar um novo coração, nova
maneira de pensar, transformar você numa nova criação. Você precisa da graça de
Deus.
E isto
nos conduz ao último ponto que vamos considerar...
3.1 – Ela é
maior que o nosso pecado
Rm 5:20
Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde
abundou o pecado, superabundou a graça...
Em que sentido o pecado
é abundante? O pecado é um fenômeno universal na experiência humana: todos
somos pecadores. O pecado é um mal, uma enfermidade da alma que atinge todo o
nosso ser: atinge nossa vontade, nosso pensamento, nosso sentimento, de modo
que mesmo sem querer nós fazemos o que é mal, e muitas vezes fazemos o mal
tendo consciência de que o que estamos fazendo é errado.
O pecado, portanto,
atinge todo o nosso comportamento. E por melhores que sejam nossas obras,
nenhum de nós pode, com honestidade dizer que não há de alguma forma a mancha
do pecado naquilo que fazemos. O pecado também é abundante em seus efeitos,
pois, além de nos trazer desintegração interior e degradação moral, traz
degradação e deterioração nos relacionamentos: primeiro ele nos separa de Deus,
e também nos separa uns dos outros.
Todos os conflitos entre
os seres humanos podem ser reduzidos a uma causa básica: pecado. O pecado
portanto é um mal, como um câncer, que corrói, destrói, mata aos poucos e faz
da vida humana um inferno e conduz o homem para o inferno.
Mas irmãos, que
maravilha: o Apóstolo Paulo não se limita a dizer que o pecado é abundante na
vida humana. Ele não termina sua frase aí; mas nos diz que, se de um lado o
pecado é abundante, existe algo que é maior que o pecado: a graça de Deus é
superabundante. E se esta palavra “abundante”, significa algo que cresceu,
aumentou, multiplicou-se, até a medida completa, como um copo que foi cheio com
água até à borda, então “superabundante” significa mais do que completo,
trasbordante, que cresceu e se multiplicou ainda mais. Significa que, assim
como o pecado atingiu todas as áreas de nossa existência, mexendo em nossos
pensamentos, sentimentos, vontade, comportamento, atitudes, a graça de Deus não
deixa por menos, mas toca em todas estas áreas de nossa vida, só que de maneira
muito mais plena, mais eficaz, mais poderosa.
3.2 – Por isto, a graça
é até maior que a vida
2ª Tm 1:9
[Deus] que
nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas
conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus,
antes dos tempos eternos
Não segundo as nossas
obras, não de acordo com aquilo que nós fazemos, mas de acordo com a sua
vontade de abençoar-nos, uma vontade que já havia no coração de Deus antes dos
tempos eternos.
Podemos descrever isto
dizendo que Deus, antes mesmo de criar o mundo, como que viu através da
história de todos os tempos e em todos os lugares: viu cada um de nós, mortos
em nossos delitos e pecados. Viu cada um dos nossos dias, desde o primeiro até
o último, desde o nosso nascimento até o dia em que havemos de morrer. Viu cada
uma de nossas obras más, e a condenação da qual nos fizemos dignos. E ali,
desde a eternidade, Deus que é santo, justo, bom, nos amou, a nós, que somos
pecadores, injustos e maus. E determinou nos salvar em Jesus, e desde lá os
concedeu sua graça. Graça eterna, graça que não dependeu de nós, não dependeu
de nossas obras, mas somente de Deus. Por isto, esta graça é tudo o que
precisamos.
Em certa ocasião o
apóstolo Paulo estava muito atribulado, por causa de certas fraquezas físicas
que ele tinha. Essas fraquezas o faziam sentir-se desmoralizado, humilhado; eram
verdadeiros instrumentos do diabo para desanimá-lo. Então ele orou a Deus. Vamos
a 2ª Co 12:7-9
7 E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das
revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me
esbofetear, a fim de que não me exalte. 8 Por causa disto, três
vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. 9 Então, ele me disse:
A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa
vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o
poder de Cristo.
A minha graça te basta!!!
Qual é o tamanho da graça de Deus? É maior que os nossos pecados. É maior que
toda a água de todos os oceanos do mundo. É maior que todo o ar que respiramos.
Se você fosse um peixinho, será que a água de todo o rio Amazonas bastaria para
você? Se você fosse um passarinho, será que toda a atmosfera da terra seria suficiente
para você? Você, que é crente em Jesus: será que a graça de Jesus é suficiente
para você? Desde quando a graça de Deus existe? Quando ela vai acabar? Ela é
desde a eternidade, e por toda a eternidade. Além dela o que mais você precisa?
Por isto dizemos “somente a graça”. Não por nossos méritos. Não por nossas
obras. Não pelo esforço de outras pessoas. Não por nossas forças. Somente pela
graça de Deus que nos é dada em Cristo, e somente em Cristo.
1. A doutrina da
graça de Deus deve nos conduzir à fé somente em Jesus, e desistir de qualquer
outro meio de alcançar a salvação e todas as bênçãos decorrentes dela:
Não busquemos a salvação
em nossas obras. Não busquemos a salvação em nós mesmos em nenhum sentido. Não
busquemos a salvação nas obras de ninguém, de nenhuma igreja. Não busquemos a
salvação no dinheiro, nem objetos santos. Creiamos somente em Jesus, em sua
graça para tudo em nossa vida.
2. Esta doutrina
também nos deve fazer agradecidos a Deus
Maravilhosa graça.
Maravilhosa salvação. Ela nos diz que o Salvador, realmente salva. Dá-nos
certeza da salvação eterna.
3. Ela nos
fortalece no amor a Deus. E quanto mais amarmos o nosso Senhor aprenderemos a
andar em seus mandamentos, não para sermos salvos, mas por amor àquele que nos
salvou.
4. Ela também nos
encoraja – nossas fraquezas não nos separam do amor de Deus; antes, nos humilham,
e fazendo assim, nos incitam a estar mais perto dele.
5. E também nos encoraja
a pregar o evangelho da graça. Este evangelho maravilhoso que diz que só Jesus
Cristo salva. Pois não há pecador que não possa ser salvo. Só depende da graça
de Deus.
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