Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Primeiro, o reino de Deus - Mt 6:33

Primeiro o reino de Deus
Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 25 de julho de 2012
Pr. Plínio Fernandes
Amados irmãos, vamos ler Mateus 6:25-34
25 Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? 26 Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? 27 Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? 28 E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. 29 Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 30 Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? 31 Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? 32 Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; 33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. 34 Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.
“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.
Em nossa meditação de hoje, eu não pretendo, mais uma vez, falar aos irmãos sobre o reino de Deus: a sua origem, a sua natureza e o seu progresso sobre a terra. Pois quando estudamos o livro de Daniel, e ao começar os nossos estudos aqui no Evangelho de Mateus, aprendemos que a vinda do reino de Deus era uma promessa antiga, dada através dos profetas do Senhor. Promessa que iniciou seu cumprimento com a vinda de Jesus ao mundo, com a sua presença física entre nós, com suas obras de ensino, cura, libertação, com sua morte e ressurreição pelos nossos pecados. Na vinda de Jesus ao mundo, o reino de Deus se tornou presente entre nós (Mt 12:28).
Mas o reino de Deus não se resume a isto: ainda conforme as antigas profecias, a cada dia o reino de Deus continua a crescer entre os homens, onde quer que o Evangelho seja pregado e recebido com fé; onde quer que os homens, sem distinção de etnia, cor da pele, cultura, sexo, idade, se convertam ao Senhor Jesus.
Onde quer que, por meio do Espírito Santo falando no Evangelho, os homens são regenerados, ali o reino de Deus se instala, ali as pessoas são tiradas do império das trevas e transportadas para o reino do Filho do amor de Deus (Cl 1:13). As pessoas regeneradas começam uma nova maneira de viver, um novo relacionamento com Deus e os homens, que se estende para o além, para a eternidade. Quando partem desta vida, é para estar com Cristo, no Paraíso (Lc 23:43; Fp 1:23).
E também a Bíblia nos ensina que este reino que veio em Jesus, que se manifesta agora quando as pessoas se convertem, este reino também se revelará em toda a sua plenitude no futuro da terra e do universo inteiro, quando Jesus voltar ao mundo para o dia do juízo final. Aquele glorioso dia em que Jesus dirá aos que creram nele: “Vinde, benditos de meu Pai, e entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25:34).
Quanto à cronologia, então, dizemos que o reino de Deus se manifesta em três tempos: ele já veio, no passado, na vida, morte e ressurreição de Jesus. Ele acontece agora, por meio do Espírito e da Palavra de Deus na vida de todos aqueles que, ouvindo o evangelho, se arrependem de seus pecados e se convertem a Jesus. Eles “nascem de novo” e entram no reino de Deus (Jo 3:5). A acontecerá no futuro, quando Jesus voltar pessoalmente (Mt 25, etc).
Mas também temos visto o que significa “reino de Deus”: não é, no tempo presente, assim como não foi no tempo passado, um reino de coisas materiais.  O reino de Deus “não é deste mundo”, não possui sede própria, quartel general, soldados armados, comitês políticos (Jo 18:36) “não é comida nem bebida, mas justiça, alegria e paz no Espírito Santo” (Rm 14:17). Também não é um reino geograficamente visível, não está aqui ou ali, porque o reino de Deus está dentro de nós (Lc 17:21). Estas coisas sobre o reino nós temos visto em várias ocasiões.
Também não vamos hoje, meus irmãos, investir o nosso tempo dizendo que no ensino de Jesus aqui em nosso texto temos a orientação bíblica sobre como devemos fazer para lidar com a ansiedade. Certamente este é um ensino maravilhoso e necessário, porque neste mundo temos muitas preocupações que nos afligem: o que comer, o que beber, com o que vamos nos vestir, são necessidades legítimas, e muitas vezes ficamos ansiosos quanto a estas coisas. E Jesus nos ensina aqui também sobre esta importante questão.
Mas eu gostaria hoje de focalizar a nossa atenção no mandamento de Jesus no v. 33: “Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça”.
Mais especificamente, na palavra “primeiro”. O que, dentro do contexto significa: não se preocupe, primeiro, com as suas necessidades; confie que o Pai sabe de tudo o que você precisa, e cuida de você; não se coloque a si mesmo em primeiro lugar, mas coloque o reino de Deus em primeiro lugar.
E desejo apresentar a nossa meditação a partir de uma pergunta: “O que você tem estado a buscar primeiro”? Em sua vida diária, em suas atividades, em meio aos seus afazeres... O que, ou quem você mais deseja? O que, ou quem é que ocupa os teus pensamentos? O que, ou quem, é o centro das afeições?
Pois buscar primeiro o reino de Deus significa ter a mente e o coração envolvidos com as coisas de Deus, ou antes, cativados pelas coisas de Deus.
1. Buscar primeiro o reino de Deus significa ter um coração cativado pelo amor do Rei
Quando um homem está cativado pelo reino de Deus, deseja a Deus acima de tudo e de todos. Mesmo quando está sozinho, o seu rei está com ele, nos seus pensamentos, no seu coração.
Por isto que orar sem cessar é algo natural. Tendo iluminados os olhos do entendimento, através da fé em Jesus, ele percebe a presença de Deus, o seu rei e soberano Senhor, em todas as circunstâncias, em todas as situações. Ele vê a presença de Deus na beleza dos lírios do campo; ele vê o cuidado de Deus na provisão para os pardaizinhos, ele sabe que toda a sua vida, desde o primeiro momento, até o último, está nas mãos do Senhor. E não fica preocupado com quantos dias vai viver, pois sabe que, apesar de todo o seu esforço, não pode acrescentar um côvado ao cumprimento de sua vida. Uma vez que ele percebe a presença e a providência de Deus em tudo, ele fala com Deus em todo o tempo, em tudo o que faz. E se alegra em Deus, se deleita em Deus. Se estiver triste, leva a Deus; nas horas de provação, leva tudo a Deus; deseja fazer o que Deus quer; leva a Deus as suas tentações, os seus pecados; deposita os seus fardos aos pés da cruz, confiando que o seu Salvador realmente salva, realmente perdoa, realmente restaura sua alma triste.
Ele deseja a Deus em todo o tempo. Um desejo, uma sede de Deus que se manifesta, por exemplo, em suas orações particulares.
Voltemos ao ensino de Jesus sobre oração aqui mesmo no capítulo 6:9, 10. Portanto, vós orareis assim:
9 Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10 venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.
Não que a cada vez que oramos tenhamos que começar exatamente com estas palavras. Na própria Bíblia vemos diversidade na maneira como os homens de Deus oram. Mas há uma coisa em comum: aquilo que é revelado em cada caso é uma preocupação com a vontade de Deus, de se promover o seu reino.
Paulo passou vários anos de seu ministério preso, em várias ocasiões. Foi na prisão que escreveu as cartas aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, a Filemon, a 2ª a Timóteo. E em cada uma delas, diz que se ocupava de orar muito, por todas as igrejas, em pedir que o Espírito Santo as iluminasse quanto aos propósitos de Deus a fim de que conhecessem sua vontade, de que crescessem no conhecimento de Deus, que vivessem para o seu inteiro agrado.
O homem que coloca o reino em primeiro lugar se levanta com Deus, caminha com Deus, trabalha com Deus; quando vai dormir, Deus está em seus pensamentos, e às vezes até sonha com Deus. Buscar o reino de Deus, entre outras coisas, significa ter o reino de Deus como o mais proeminente objeto das nossas afeições, dos nossos pensamentos. E ele quer que as coisas de Deus, a vontade de Deus, os planos de Deus prevaleçam na terra. Ele deseja isto para a sua vida, para a sua família, para a igreja e para o mundo. Ele ora por isto, ele busca, se empenha.
2. Buscar primeiro o reino de Deus significa ter um coração cativado pelo amor à igreja, o povo do reino
O reino de Deus, naturalmente, não se restringe à igreja. Ele é muito mais abrangente, mas a Bíblia diz que a igreja foi feita reino de Deus.
A visão daquele que busca o reino em primeiro lugar é que igreja espalhada sobre a terra, e cada igreja em particular, a igreja é, por excelência, a manifestação do reino de Deus sobre a terra, e também uma agente do reino de Deus no mundo, por meio da qual este reino deve chegar ao coração dos homens.
Uma das mais belas descrições do relacionamento de Deus com a igreja está no livro do Apocalipse:
Ap 1:4-6
4 João, às sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono 5 e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados,6 e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!
As sete igrejas da Ásia eram pequenas igrejas que ficavam nas cidades de Éfeso, Esmirna, Laodicéia, Tiatira, Pérgamo, Filadélfia e Sardes. O apóstolo João, antes de ser preso por causa do Evangelho, residia em Éfeso, e sua influência se estendia por toda a região da Ásia Menor. Aqui ele dirige cartas a cada uma destas igrejas, cartas da parte de Deus Pai, do Espírito de Deus (que aqui é mencionado como sete Espíritos – dando a ideia de perfeição), e de Jesus Cristo, a fiel testemunha, o que tem a proeminência sobre os mortos, o soberano dos reis da Terra. Cartas para estas igrejas que, em cada caso, em maior ou menor grau, precisavam ser consoladas, orientadas, e também corrigidas. Algumas delas incorrendo em pecados graves. Outras espiritualmente melhores.
Agora prestem atenção nestas palavras sobre Jesus que ele dirige para cada igreja:
“Aquele que nos ama, e, pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai...”.
Por isto digo que dedicar-se ao reino de Deus significa também dedicar-se à igreja de Deus, pois ela foi constituída reino.
Pensemos novamente no apóstolo Paulo. Vejamos o testemunho de suas afeições quanto à igreja de Deus.
2ª Co 11:20-30
20 Tolerais quem vos escravize, quem vos devore, quem vos detenha, quem se exalte, quem vos esbofeteie no rosto.21 Ingloriamente o confesso, como se fôramos fracos. Mas, naquilo em que qualquer tem ousadia (com insensatez o afirmo), também eu a tenho.22 São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São da descendência de Abraão? Também eu.23 São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes.24 Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um;25 fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar;26 em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos;27 em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez.28 Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas.29 Quem enfraquece, que também eu não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me inflame?30 Se tenho de gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza.
Paulo reconhece que o tom com o qual estava falando não era dos melhores – no v. 21 diz que estava sendo insensato. No v. 23, que estava como que fora de si. Nos dias de hoje alguns diriam que ele estava psicologicamente “descompensado”. Ele estava assim porque, assim como hoje, a igreja estava correndo um grave perigo, o de se deixar iludir por alguns a quem, no v. 5 deste mesmo capítulo, Paulo chama de “super-apóstolos”. Gente que a pretexto de milagres, novas visões, mais eloquência, dizia-se melhor que o apóstolo Paulo. Pessoas que se diziam enviadas por Jesus, que se apresentavam com um nível de espiritualidade superior ao próprio apóstolo Paulo, que se afastavam da simplicidade do Evangelho de Jesus.  Era gente que não tinha o menor escrúpulo de explorar os fiéis. Como diz o v. 20, os devoravam, se exaltavam, escravizavam os crentes a si mesmos.
Então Paulo, não por preocupação consigo mesmo, mas por causa do zelo que tinha pelo bem estar da igreja, diz que não era em nada inferior aos tais “super-apóstolos” (esta é a palavra no texto grego – na verdade, “hiperlian”, sobre-excelente, além da medida). Mas que em toda sua vida se gastava, sofria, passava por privações e provações, por amor à igreja de Jesus. Trabalhos, fadigas, vigílias, perseguições. Mas, além de todas as coisas exteriores, e é aqui que desejo colocar a ênfase, a preocupação diária com todas as igrejas.
v. 28  Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas.
Preocupação diária com todas as igrejas.
2.1. Em todas as suas cartas, Paulo demonstra uma grande preocupação doutrinária.
Pense nas cartas aos Gálatas, aos Romanos, aos Efésios, aos Colossenses. Pense em como Paulo investe grande parte de seus escritos estabelecendo doutrinas sobre as quais a nossa fé e as igrejas são edificadas.
Em vários lugares ele se preocupa em combater os ensinamentos errados, enfatizando que somente através de uma sã doutrina podemos entender o caminho da salvação. Em sua última reunião com os pastores da igreja em Éfeso, ele os exortou a vigiarem quanto a isto:
At 20:29-31
29 Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho.30 E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.31 Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um.
Homens falando coisas pervertidas, isto é, distorcidas; coisas que parecem ser verdadeiras mas não são. Então Paulo, aqui em Éfeso, e em muitas cartas, exorta as igrejas a permanecerem na doutrina certa. E não faz isto despreocupadamente, como se a doutrina fosse uma coisa secundária. Mas o faz apaixonadamente, com lágrimas (também não eram lágrimas teatrais, encenadas para arrancar dinheiro das pessoas, mas de preocupação). Ao seu amado Timóteo escreveu: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina, pois fazendo isto te salvarás, tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1ª Tm 4:16).
2.2. Além disto, Paulo também tinha uma grande preocupação com a transformação espiritual dos crentes
2ª Co 12:20, 21
20 Temo, pois, que, indo ter convosco, não vos encontre na forma em que vos quero, e que também vós me acheis diferente do que esperáveis, e que haja entre vós contendas, invejas, iras, porfias, detrações, intrigas, orgulho e tumultos. 21 Receio que, indo outra vez, o meu Deus me humilhe no meio de vós, e eu venha a chorar por muitos que, outrora, pecaram e não se arrependeram da impureza, prostituição e lascívia que cometeram.
O que podemos notar, amados, é que o cuidado com o povo de Deus era uma coisa diária na vida de Paulo. Algo que tirava o sono dele. Que o fazia orar muito pelas igrejas. Que às vezes o deixava até “insensato”, tal era o seu envolvimento emocional, tal era a sua dedicação.
Buscar primeiro o reino de Deus significa também pensar primeiro na igreja de Deus
3. Buscar primeiro o reino de Deus também significa ter um coração cativado pela pregação do Evangelho do reino
Em Mateus 24:14, nosso Salvador ensina que “será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações, e então virá o fim”.
Os súditos do reino de Jesus anseiam pela volta do seu rei. E sabem que, antes dessa volta acontecer, é necessário que esta palavra se cumpra. Então se dedicam a pregar o Evangelho, para que Jesus possa voltar. Mas entendem não somente isto, pensam também que o reino precisa se instalar nos corações dos homens, do contrário estão perdidos. Por isto se dedicam a pregar o evangelho aos homens perdidos, que são amados e desejados por Deus.
1ª Co 9:20-23
20 Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei.21 Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei.22 Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.23 Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele.
O mesmo envolvimento, o mesmo amor que vemos Paulo demonstrando para com as igrejas, nós o vemos demonstrando para com os de fora, fossem judeus ou gentios.
Uma palavra de cuidado, irmãos: algumas pessoas não entendem bem e acabam indo longe demais. Paulo não disse que para ganhar os pecadores você tem que se portar como um deles, praticar o pecado com eles.
Conheci um rapaz que chegou a fumar maconha para provar que estava livre e que podia fumar ou não, para ganhar seus ex-companheiros, usuários de drogas. O triste resultado é que seus ex-companheiros o ganharam de novo.
Infelizmente há daqueles que, a pretexto de pregação do Evangelho, acabam tornando-se mundanos. Não foi isto o que Paulo fez. Ele se tornava como um judeu, ou como um gentio, naquilo que havia de melhor, e não no que havia de pior.Para você ganhar pessoas de lábios impuros você não precisa falar palavrões também. Eles entendem uma linguagem sadia. Para ganhar pessoas da prostituição você não precisa andar com sensualidade, e assim por diante.
Paulo não media esforços, não media o negar-se a si mesmo, a fim de proclamar o Evangelho. Se entre os gentios, Paulo se portava como um gentio. Por exemplo, em Atos 17, nós o vemos no Areópago, usando os poetas gregos, para ganhar os Atenienses que não conheciam o Antigo Testamento. Para com os que não tinham lei, Paulo não usava a lei.
Em Atos 18 o vemos em Jerusalém, raspando a cabeça, fazendo um voto de nazireado, a fim de identificar-se com os judeus, a fim de criar laços fraternos que tornassem seu ministério mais aceitável aos judeus. Para os que estavam debaixo da lei, Paulo procedia como se assim estivesse, para ganhar os que viviam sob a lei.
Como Hudson Taylor na China, vestindo-se como um chinês, comendo como um chinês, fazendo-se como um chinês para ganhar os chineses, aos quais amava. Por isto tornou-se o “pai das missões modernas”.
Como Davi Wilkerson, dormindo dentro do próprio carro numa zona perigosa, de tráfico de drogas, para ganhar os jovens viciados. E por isto também se tornou o pai espiritual de uma multidão incontável.
O homem que busca primeiro o reino de Deus e a sua justiça, anela ardentemente ver a conversão de pessoas ao Senhor Jesus. Por isto ele ora, e se ora de verdade ele busca, e se dispõe, se dedica, se sacrifica, mas para ele não é sacrifício, é o seu prazer e o seu desejo. Ele admoesta com lágrimas. Ele ora com lágrimas. E quem perece, sem que ele se importe? Pois ele tem o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, o sentimento de compaixão pelas almas, o desejo de que elas não pereçam, mas tenham a vida eterna.
Conclusão
O que é que tira o teu sono? No que é que você investe, ou “gasta” tua vida, teus bens, teu tempo, teus talentos? O que você busca em primeiro lugar?
Duas aplicações
1. Uma exortação aos que estão distraídos com as coisas desta vida:
Se você não busca o reino em primeiro lugar, está perdendo seu tempo com coisas que não satisfazem a alma, nem aqui nem na eternidade.
Está jogando sua vida fora, gastando seu dinheiro e seu tempo com bobagens.
Está buscando prazeres que não duram. Como quem usa drogas.
Não perca tempo atrás de riquezas, de intelectualidade mundana, nem de poder e status.
Jr 9:23, 24
23 Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; 24 mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR.
Busque andar com Deus. Busque o bem da igreja. Busque a salvação de almas. Busque estas coisas em primeiro lugar
2. Uma consolação aos que buscam o reino em primeiro lugar
Se você busca, o Pai, que vê todas as coisas sabe. Ele vê você. A tua vida, o teu coração. Ele sabe quem é o teu Senhor. O Pai, que vê a beleza dos lírios do campo, diz que a tua vida é ainda mais bonita que a dos lírios. Ele valoriza a tua vida. Ele, que cuida dos passarinhos, pequenos, dependentes, cuida de você. Mas você também sabe, não é? E ele promete que não somente te dá o necessário a cada dia, mas também que você tem um tesouro que está sendo acumulado no céu. Seja perseverante. Sê fiel até o fim, e você receberá a coroa da vida.

7 comentários:

  1. Essa palavra me abençoou muito! Obrigada!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E que o Senhor te abençoe muito mais, minha irmã.

      Excluir
    2. Esse sermão me fez refletir, sobre a importância de buscar o reino em primeiro lugar. Que Deus continue lhe usando para abençoar nossas vidas.

      Excluir
  2. Pr. Plínio, agradeço a Deus por esta palavra edificante em minha vida, pois ela veio em boa hora, em virtude de um conflito que me rodeava nesses dias.
    Que Deus continue abençoando a vida do Sr. profundamente!

    ResponderExcluir
  3. Muito obrigada, irmão! Me fez refletir bastante a respeito da minha vida, do que preciso buscar e alcançar. Termino esta leitura e meditação diferente do que comecei. Fique na paz do Senhor Jesus, Deus o abençoe grandemente!

    ResponderExcluir
  4. Eu agradeço pela essas palavras pastor Plínio,Q Deus abençoe a sua vida!

    ResponderExcluir

▲Topo