Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Um só Senhor - Mt 6:24


Um só Senhor
Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 6 de julho de 2012
Pr. Plínio Fernandes
Queridos, vamos ler Mateus 6:24
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”.
Quando eu era menino, aprendi na escola uma definição bem simples, mas bem abrangente, do que são seres vivos: “seres vivos são seres que nascem, crescem, se reproduzem e morrem”. Do ponto de vista naturalista, nós podemos concordar com esta definição.
Mas ao mesmo tempo, no que diz respeito aos seres humanos, sabemos que nela está faltando algo. Pois como diz o livro de Eclesiastes, “Deus pôs eternidade no coração do homem” (Ec 3:11, ARA). A nossa natureza humana, criada à imagem e semelhança de Deus, não se conforma em apenas nascer, crescer, se multiplicar e depois morrer.
Também não nos conformamos – e os reis e poderosos deste mundo são um triste testemunho disto – não nos conformamos apenas em desfrutar as coisas que esta vida natural pode nos oferecer.  Por exemplo, estou pensando em Fred Mercury, que foi vocalista do famoso “Queen”. Em certa ocasião ele disse que experimentou e desfrutou de tudo o que muitas pessoas queriam: dinheiro, bens materiais, popularidade, sexo de todo jeito – além de outra coisa que muitos estão querendo legalizar em nosso país: drogas. E nada disso o fez feliz.
Nós ansiamos por algo mais que isto. Não cremos que desfrutar dos prazeres físicos seja toda a vida que existe. Por isto que o ensino de Jesus, por si só, faz bem ao nosso coração: ele nos diz que veio ao mundo para que nós tenhamos vida, mas vida em abundância, e nos mostra – não apenas diz, mas também mostra – que a vida não é somente aqui, mas que ela continua depois desta vida. Que é para sempre. E que quando vivemos à luz disto, a nossa vida aqui neste mundo se torna melhor, pois ela passa a ter um propósito eterno.
Jesus nos ensina que vivemos para Deus: para amar a Deus, para fazer a sua vontade, para servir a Deus. E que quando vivemos de acordo com este propósito, isto trás a nós a verdadeira vida, vida em abundância.
Nos versículos anteriores ao nosso texto de hoje, temos ouvido o Senhor Jesus dizer:
“Existe a terra, mas existe o céu: ajunte tesouros no céu. Coloque o seu coração no céu. Por que as coisas da terra passam rapidamente, mas as coisas do céu são eternas”.
“Que não somente o teu coração esteja no céu, mas que os teus olhos sejam bons, (ou, traduzindo melhor,) que o teu o olho seja um só, que o teu olhar esteja numa só coisa: na eternidade”.
“Não seja uma pessoa dividida entre dois amores”.
E no versículo que estamos considerando hoje, ele continua, como bom mestre, a enfatizar o mesmo ensino, com estas palavras:
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”.
Você consegue imaginar uma pessoa fazer isto? Uma pessoa ser escrava de duas?
John Stott nos lembra que uma pessoa pode ser empregada de dois patrões, mas ninguém pode ser escravo de dois senhores ao mesmo tempo, porque ter um só dono e prestar serviço de tempo integral são a essência da própria escravidão.[1]
Naturalmente que esta servidão da qual Jesus fala não é uma servidão involuntária, como a do homem que foi vencido na guerra e escravizado, ou do que foi raptado e vendido. É uma servidão de coração, o fruto do amor que fixou os olhos no sujeito de seu desejo.
O que Jesus, mais uma vez está falando, é sobre as nossas afeições. Assim como o coração deve estar no céu. Assim como a nossa visão deve estar num só propósito. Servir “somente um” é amar, é desejar, é confiar, é se devotar a alguém que de tal modo cativa o nosso coração, que bem podemos reconhecê-lo como Senhor, não somente porque ele tem autoridade para isto, mas também porque todo o nosso ser alegremente se ajoelha diante dele.
1. Deus é o nosso Senhor
É bem fácil entender as palavras de Jesus, porque todo o ensino do nosso Salvador é no sentido de devemos viver para Deus. Quando, depois de falar que devemos ajuntar tesouros no céu, ele diz que não podemos “servir a Deus e às riquezas”, é claro que está nos ensinando a viver para servir a Deus.
Mas eu gostaria de assinalar quem, na Bíblia, é o Deus a quem devemos servir.
E para isto vamos nos deter, de modo breve, no Evangelho de Mateus:
1.1. Primeiramente, Mateus nos apresenta Deus como aquele que falou no passado, por meio da lei e dos profetas (Mt 1:22), o Deus que no Antigo Testamento se revela pelo nome de IAVÉ, ou JAVÉ (ou Jeová, conforme algumas versões), o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
O Senhor, que enviou seu anjo a José, a fim de explicar que Jesus seria o Emanuel, Deus conosco (Mt 1:20-23). Aquele, que por ocasião do Batismo de Jesus havia falado do céu: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3:17).
1.2. Além disto, Mateus também nos apresenta o Espírito Santo como sendo o Espírito de Deus.
O Espírito Santo cujo poder envolveu Maria de tal como que, sem a concorrência da semente masculina Jesus fosse concebido no ventre da virgem (Mt 1:20). O Espírito Santo que desceu sobre o Senhor Jesus por ocasião do seu batismo, revestindo-o de poder para o cumprimento de sua missão (Mt 3:16). Que também conduziu e sustentou Jesus pelo deserto em seus dias de jejum e tentação (Mt 4:1). Que de tal modo autenticou o ministério do Senhor, que ele disse: “Não blasfemem contra ele. Se alguém blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado, nem neste mundo nem no mundo porvir” (Mt 12:32). O Espírito Santo, a quem Jesus declara ter tanta autoridade quanto ele e o Pai, ao dizer: “Ide, fazei discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:19).
1.3. E Mateus nos ensina que servir a Deus também significa servir ao próprio Senhor Jesus Cristo.
Eu desejo comparar o que Jesus fala aqui em 6:24, explicando que devemos ter um só Senhor, com o que diz logo depois, em 7:21-24.
21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. 22 Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? 23 Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.
Como já estudamos anteriormente, Jesus é Emanuel, Deus conosco (Mt 1:23). Não é sem motivo, portanto, que ele revindica o direito de ser reconhecido e obedecido como nosso Senhor, tanto como o Pai; como aquele que no último dia dirá a muitos: “apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade”, demonstrando assim mais uma vez que a morte e a vida eterna estão em suas mãos. Assim, tanto o Pai, como o Filho, como o Espírito Santo são descritos como divinos. Cada um deles deve ser reconhecido e adorado, amado e servido como Senhor.
De forma, meus irmãos, que quando Jesus nos ensina que devemos viver para servir a Deus, que Deus é o nosso único Senhor, devemos considerar que o Deus da Bíblia, a respeito de quem estamos falando, não é uma ideia genérica de Deus, um Deus que se revela em qualquer religião, que está em outros sistemas além do Cristianismo, mas é a Trindade Santíssima, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Somente no Deus da Bíblia há salvação. Somente em Jesus há redenção. Não existe outro nome pelo qual importa que sejamos salvos (At 4:12), e quem não tem o Filho, isto é, quem não tem Jesus, também não tem o Pai (Jo 3:35, 36; Jo 5:23).
Em segundo lugar, consideremos...
2. Não podemos servir a dois senhores
É fácil entender o que isto significa. Pois Jesus já disse antes: “ajuntai tesouros no céu, porque onde está o teu tesouro, ali está o teu coração... se o teu olho estiver focalizado em um só propósito, você andará sabendo para onde vai”... e mais adiante ele dirá: “buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça”... Assim, servir somente a Deus significa viver somente para ele, amar somente a ele, confiar somente nele.
2.1. E no versículo 24 Jesus diz explicitamente que o pecado específico ao qual está se opondo no presente é a confiança e o amor às riquezas.
Não podeis servir a Deus e às riquezas. Engraçado, mas Jesus estava falando com gente pobre, que eram os seus discípulos. Porque Jesus sabia que não somente os ricos, mas também os pobres, amam as coisas materiais.
Tempos depois o apóstolo Paulo escreveu que o amor do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males.
1ª Tm 6:10, 11
10 Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. 11 Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão.
O amor das riquezas é a verdadeira razão de guerras entre as nações. É a razão de assaltos, assassinatos, traições. Mas não somente destes pecados grosseiros: é a razão de traição nas relações de trabalho, de intrigas, de mentiras. É a razão de noites de insônia, de stress, de toda sorte de enfermidades da mente e do coração.
Também na vida religiosa: o amor das riquezas é fonte de toda sorte de doutrinas e teologias mentirosas, que invertem as palavras de Jesus, e fazem, não com que os homens sejam servos de Deus, mas que Deus seja o servo dos homens, que colocam o coração dos homens nas coisas deste mundo. Enfatizemos o que Jesus nos diz: não existe como amar as riquezas e amar a Deus ao mesmo tempo. Não podemos servir aos dois.
2.2. Mas, por extensão natural, isto também quer dizer que não podemos servir a outros deuses.
Digo isto, não porque existam outros deuses, mas porque, como ensina o apóstolo Paulo, existem muitos outros seres espirituais que são tidos como deuses. Ora, se nós temos ao Deus da Bíblia como nosso Senhor, então todos os que desejam assumir o lugar de deus em nossa vida devem ser rejeitados.
1ª Co 8:5, 6
5 Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, 6 todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.
No contexto deste capítulo, Paulo estava explicando que os cristãos de Corinto não precisavam ficar demasiadamente preocupados com os alimentos que comiam, em especial a carne. Porque grande parte da carne que era vendida nos mercados, antes disso havia sido oferecida aos deuses gregos; em virtude disto, alguns crentes em Jesus se sentiam perturbados: “Será que não é pecado comer um alimento que foi oferecido aos deuses”?
Então Paulo, desejando tirar da consciência deles um peso que eles não precisavam carregar, escreveu que realmente existem alguns seres, nos céus e na terra, que se chamam deuses e senhores – na verdade, no cap. 10 ele vai dizer que nas festas pagãs, as coisas sacrificadas a estes deuses são sacrificadas a demônios, por isto um crente não deve participar destas festas.
Mas aqui ele diz que se o cristão vai ao mercado comprar carne, não precisa se preocupar em saber se aquela carne foi ou não oferecida a algum deus, porque, para nós não existe nenhum outro Deus, a não ser o Pai, e nenhum outro Senhor, a não ser Jesus.
É fácil entender que Paulo não está dizendo que Deus Pai não é Senhor; nem dizendo que o Filho não é Deus. Ele está usando as palavras Deus e Senhor como equivalentes, para dizer que tanto o Pai como o Filho são nosso Deus e Senhor.
Então para nós só existe um Deus e Senhor, e nenhum mais.
2.3. Se somente Deus é nosso Senhor, isto também significa que não podemos viver para servir a seres humanos
Gl 1:10
Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.
Para entender melhor, leiamos também os dois versículos anteriores:
Gl 1:8, 9
8 Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema.9 Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema (anátema quer dizer condenado, ou amaldiçoado, ou votado à destruição).
Nesta carta, Paulo estava combatendo o ensino de algumas pessoas que se diziam mestres do Cristianismo, mas que pregavam um evangelho diferente. Estes mestres ensinavam que, para uma pessoa ser salva, não bastava que ela cresse em Jesus Cristo.
Também era necessário que ela guardasse os preceitos cerimoniais da lei judaica, especialmente a observância do sábado, da circuncisão, das disposições quanto à alimentação – “aquela carne pode comer, aquela outra não pode”, e assim por diante.
Então Paulo diz: “Irmãos, este não é o evangelho que temos pregado. Aliás, isto não é evangelho. O evangelho que temos pregado é o que diz que somos salvos dos nossos pecados pela morte de Cristo, e não pela nossa observância à lei. Se alguém – pode ser um anjo do céu, um espírito de luz, ou até mesmo eu, que sou apóstolo – vier, e pregar a vocês um evangelho que vá além disto, condenem. Não aceitem”.
E percebendo a gravidade de suas próprias palavras, percebendo que com isto poderia estar deixando muita gente triste, e bem provavelmente irada, ele acrescenta no v. 10: Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.
Noutro contexto, irmãos, Paulo escreve que, naquilo que for bom para a edificação dos irmãos, nós precisamos nos agradar uns aos outros.[2] Mas aqui ele nos mostra que, quando a verdade da Palavra de Deus está em questão, não devemos ter medo de desagradar, a quem quer que seja.
Pode ser um anjo do céu: se ele está pregando um Evangelho que vá além do que diz a Bíblia, seja anátema.
O Evangelho é esta mensagem: “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1ª Co 15:1-3). Se um apóstolo vier e disser que existe algo mais, seja rejeitado.
“Ah! Mas ele é tão fervoroso. Ele é tão consagrado. Ele é tão iluminado. Ele é PHD em espiritualidade quântica. Tenho certeza que é o Espírito Santo que fala através dele”.
Sim. Agora o Espírito Santo resolveu dizer umas coisas que a Bíblia não diz, fazer umas coisas que a Bíblia não faz! A Bíblia não é tudo? Então agora é o apóstolo fervoroso, e não a Bíblia, o alvo da nossa fé?
Não pastor: “Ele não está falando coisas além da Bíblia. É que nestes últimos dois mil anos ninguém entendeu o Evangelho direito. E ele entende”.
Certo: Deus deixou todos os seus servos do passado com “meio Evangelho”, e agora, através dos novos apóstolos está dando o verdadeiro Evangelho. Isto é bíblico?
Não podemos ser servos de Cristo e servos de homens. Mesmo que sejam fervorosos, consagrados. Mesmo que sejam bem articulados, diplomados, que digam coisas pomposas. Mesmo que sejam influentes. Se o Evangelho que pregam não é o Evangelho que Cristo e os apóstolos pregavam, sejam rejeitados.
2.4. Por último, também não podemos servir a Deus e a nós mesmos
2ª Co 5:14, 15
14 Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. 15 E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
Em certo sentido, irmãos, aqui está o pior de todos os falsos deuses: o nosso próprio eu. Porque os outros falsos deuses, como as riquezas, os ídolos, os outros homens, são realidades mais objetivas, externas.  Mas uma natureza centrada em si mesma é uma coisa interna, que faz parte da nossa própria constituição.
Então nós temos a tendência de viver para servir a nós mesmos, à nossa vontade, aos nossos desejos.  E quantas vezes ouvimos pessoas de igreja dizerem: “Mas não é isto o que eu quero”, num contexto em que a vontade de Deus, conforme revelada na Bíblia, é o que está sendo exposta.
Você explica o que diz a Bíblia, e elas respondem: “Mas não é isto o que eu quero”... E não digo isto, meus irmãos, com um espírito de condenação, pois cada um de nós, inclusive eu, sabemos quão desesperadamente corrupto e enganoso é o nosso coração. Sabemos que o espírito está pronto e que a carne é fraca.
Mas amados, ao mesmo tempo, vejam que coisa magnífica: existe um poder, um poder que está dentro de nós, que nos dá vitória sobre a nossa carne, sobre os nossos desejos egoístas, que nos modifica e derrota este pretenso deus interior, orgulhoso, egocêntrico e dado a futilidades: o poder do amor de Cristo.
O amor de Cristo nos constrange (nos cerca de todos os lados), de tal maneira que nós passamos a julgar, a avaliar, a considerar as coisas de um modo diferente:
“Cristo morreu por todos nós. Então ali na cruz nós morremos com ele. E se por amor ele morreu para que nós vivamos, então nós, os que vivemos, não viveremos mais para nós mesmos, mas para Jesus Cristo, que por nós morreu e ressuscitou”.[3]
E não precisamos ter medo de viver para servir ao Deus que nos amou. Não precisamos ter medo de nos dedicar ao seu reino. Não precisamos ter receio quanto ao futuro. O seu amor demonstrado na cruz nos dá a certeza de que podemos confiar totalmente nele, em seus bons desejos e perfeitos planos para conosco. Podemos viver para ele.
Conclusão e aplicação
1º Rs 18:21
“Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu”.
O profeta Elias estava diante de numerosa multidão de israelitas.
Assim como aconteceu em muitas outras ocasiões, os israelitas estavam servindo ao Senhor e a outros deuses, no caso aqui, o falso deus Baal. Então ele os confrontava: “Até quando coxeareis, até quando ficarão mancando de um lado para o outro, entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Vocês não podem servir a dois senhores”.
Não podemos servir a dois senhores, mas somente ao Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Não podemos servir ao Deus triuno e ao mesmo tempo aos deuses orientais, nem aos deuses afro-brasileiros, nem aos deuses do paganismo europeu, nem as deuses ameríndios. Somente ao Deus de Israel.
E nem precisamos temer aos falsos deuses. Certa ocasião, uma jovem recém-convertida me confidenciou que estava com medo. Porque, antes de se converter, ela fizera uma promessa a Cosme e Damião, a promessa de uma oferenda que ela cumpria todos os anos. Mas agora ela tinha medo de parar e desagradar aos santos.
Então eu disse a ela: “Eu não conheço a história de Cosme e Damião. Não sei se eles eram cristãos. Mas uma coisa eu tenho certeza: se eles eram cristãos, e agora você deixar de prestar seu culto a eles porque se converteu a Jesus, eles não vão ficar tristes. Ao contrário, vão ficar contentes. Se, por outro lado, eles não eram cristãos, e ficarem bravos, não tenha medo deles, porque ninguém é mais poderoso que Jesus”. E ela creu em Jesus somente.
O único Deus todo poderoso é o Senhor.
Também não podemos servir a Deus e às riquezas (Ah! Quantos crentes sacrificam os princípios da Bíblia, porque “se entrarem para a Maçonaria”, os maçons garantem que a vida profissional irá prosperar!!!)
E também não podemos servir a Deus e a seres humanos, nem a nós mesmos, mas viver somente para o Senhor, em amor e devoção. Esta é a verdadeira razão de viver.

[1] Em Contracultura Cristã, comentando o versículo.
[2] Rm 15:1,2
[3] Paráfrase de 2ª Co 5:14, 15

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