Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

domingo, 6 de julho de 2014

Separados para Deus - Hb 12:14

Encontro de louvor da mocidade presbiteriana conservadora
1ª IPC de São Paulo
Sábado, 5 de julho de 2014
Pr. Plínio Fernandes


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Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.
A cada um dos encontros deste mês, os irmãos estarão meditando sobre algum aspecto da doutrina da santificação.
Na 1ª carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo escreveu que “nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano aquilo que Deus tem preparado para aqueles que o amam, mas que Deus no-lo revelou pelo seu Espírito”.[1] A santificação é uma destas coisas.
No salmo 19 está escrito que a lei do Senhor é perfeita, restaura a nossa alma, alegra o nosso coração, ilumina os nossos olhos. A santificação é um destes mandamentos do Senhor, perfeitos, que nos fazem bem, que restauram nossa alma e alegram o nosso coração.
Primeiramente, santificar, no que diz respeito a nós, significa “separar algo, ou alguém, do uso comum, e consagrar a Deus”.
Assim que, no Antigo Testamento, todas as coisas que se referiam ao culto eram santas, ou santificadas: os móveis e utensílios, do tabernáculo e depois do templo, as vestes sacerdotais, tudo o que era usado no culto.
E também toda a nação de Israel, e num sentido muito especial, os sacerdotes, que eram os representantes espirituais do povo perante Deus.
Em certa ocasião, quando Israel “nasceu como nação” depois da libertação no Egito, e entrou em aliança com Deus, Moisés ofereceu sacrifícios ao Senhor, e tomando o sangue do sacrifício o aspergiu sobre o livro da aliança, sobre o altar, e também sobre o povo dizendo que a partir dali, tendo sido purificados pelo sangue da aliança, eles eram um povo consagrado ao Senhor.[2]
E da mesma maneira, quando uma pessoa inicia sua vida cristã, ela não somente é regenerada, justificada e adotada como filha de Deus, mas também santificada.
Ela passa a pertencer ao Senhor, passa a ser um templo do Espírito Santo.
Depois, em segundo lugar, a Bíblia também usa a palavra santificação para descrever o caminho do aperfeiçoamento espiritual da pessoa que pertence a Deus e vai morar no céu.
Pois agora que somos dele, habitação do Espírito Santo, ele continua a trabalhar em nossas almas, purificando-nos de nossos pecados, de nossas fraquezas e imperfeições, transformando o nosso ser interior, de modo que vamos crescendo espiritualmente, até o dia em que chegaremos à plena maturidade, à medida da estatura do caráter de Cristo.[3]
Haverá o dia em que, de uma vez por todas, nós seremos completamente livres, não só da condenação e do poder, mas também da presença do pecado.
Haverá um dia em que seremos tão semelhantes a Cristo quanto um ser humano pode ser.
Mas enquanto este dia não chega, desde o momento em que conhecemos a Jesus, Deus nos separa para ele, e começa a trabalhar em nossas almas, a nos transformar, como diz Paulo, de glória em glória, até que sua obra venha a ser completa.
A este processo damos o nome de santificação.
E a parte que me cabe falar é sobre aquele primeiro momento, em que somos separados para Deus.
Em nosso texto inicial nós temos um mandamento do Espírito Santo:
Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.
Esta é uma das cinco (5) vezes que o escritor de Hebreus nos fala sobre o valor de sermos separados para Deus.
Aqui, no sentido de que a santificação é um caminho pelo qual devemos andar.
E partindo deste versículo, desejo meditar com vocês sobre três pontos deste assunto que ele nos ensina.
1. A importância da santificação
Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.
Vale notar que a paz é algo que deve ser seguido, tanto quanto a santificação. O mesmo Deus que é santo também é um Deus de paz. Mas o nosso assunto é apenas o segundo.
1.1. A promessa
“Segui a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor...”, isto é, “sem ela, ninguém verá a Jesus...”.
Veja: por um lado, esta é uma palavra de exortação.
Mas ao mesmo tempo é também uma promessa. Uma doce e preciosa promessa para todo aquele que quer ver a Deus.
Se, sem santificação, ninguém verá o Senhor, quer dizer que aqueles que desejam ver ao Senhor o verão, se tão somente seguirem o caminho da santificação.
Você quer ver a Deus? Então aqui está o caminho pelo qual você deve andar.
E esta promessa de “ver a Deus” é colocada diante de nós em dois sentidos:
1.1.1. Nós veremos o Senhor na eternidade
1ª Jo 3:2, 3
Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.
Aqui o apóstolo João nos transmite o mesmo ensino a respeito do qual lemos em Hebreus:
Há um dia determinando por Deus em que nós, os que já somos filhos de Deus por meio da fé em Jesus, veremos o Senhor face a face.
E quando o virmos, de uma vez por todas, seremos semelhantes a ele, nas perfeições do seu caráter justo, puro, amoroso.
O pecado que ainda reside em nós será coisa do passado: nunca mais precisaremos lutar contra as ambiguidades, os enganos do nosso coração, contra as fraquezas do nosso temperamento, contra as más obras, as coisas más que não desejamos fazer e fazemos, ou pelo bem que desejamos e não fazemos.
Esta é a nossa esperança.
E todo aquele que tem esta esperança começa a se preparar para isto desde já: assim como Jesus é puro, todo aquele que quer ver a Jesus também começa a se purificar.
Mas isto não quer dizer que somente na eternidade é que vamos experimentar as alegrias da santificação.
Pois elas também já começam aqui.
1.1.2. Podemos “começar a ver o Senhor” desde agora
Hb 11:27
Pela fé, ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível.
É uma referência ao momento em que, pelo poder de Deus, Moisés tirou o seu povo da escravidão no Egito.
E eu acho maravilhosa esta maneira como o Espírito Santo descreve o relacionamento de fé que Moisés teve com Deus.
Êxodo nos diz que Moisés e Deus eram íntimos, que o Senhor falava com ele face a face, como qualquer pessoa fala com seu amigo.[4]
E Moisés muitas vezes se encontrava em situações difíceis demais para um homem qualquer. Que fariam qualquer um fugir assustado. Coisas grandiosas demais para ele.
Mas Moisés não se deixava abalar, permanecia firme como alguém que vê aquele que é invisível.
Ver aquele que é invisível é o que nos faz interiormente fortes, firmes, estáveis.
Ver aquele que é invisível é o que coloca todas as coisas da nossa vida no seu devido lugar.
E ver aquele que é invisível é um mandamento de Deus para todos nós.
Pv 3:5, 6
Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.  6 Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.
“Reconhece-o em todos os teus caminhos”. Veja a mão de Deus em todos os teus caminhos, e então ele vai endireitar as tuas veredas.
Você quer ver a Jesus na eternidade?
E quer ter os olhos da alma abertos para ver o Senhor em teus caminhos, conduzindo tua vida, guiando teus passos, agindo em tudo o que acontece?
Então este é o caminho que Deus coloca diante de você: “Siga a santificação, e você verá o Senhor”.
1.2. Mas o que é seguir a santificação?
Se ele me dá este mandamento, isto significa que isto não é só uma instrução, mas também um dever que eu tenho a cumprir.
É uma responsabilidade minha.
Eu preciso tomar uma decisão de me purificar dos meus pecados, de me consagrar, e de reformar meus pensamentos, minhas atitudes, minhas obras.
Eu preciso a cada dia, aprofundar a minha relação com Deus, e me tornar, a cada dia que passa, mais parecido com Jesus, mais obediente à lei de Deus.
E meus irmãos, o padrão que Deus estabelece para nós, então é sobremodo elevado. É tão elevado que nenhum de nós pode, por si mesmo alcançá-lo.
E nisto consiste a maravilha do Evangelho: é que Deus, o Deus que é infinitamente santo, e que nos chama a andar com ele, que nos ordena a ser santos como ele é santo[5], ele mesmo é quem realiza por nós e em nós aquilo que ele ordena, mas que não podemos fazer por nós mesmos.
Por isto que, antes de escrever “segui a santificação sem a qual ninguém verá o Senhor”, o escritor de Hebreus também ensina que Deus mesmo é quem já tem preparado tudo para nós.
Deus mesmo é quem nos separa dos demais pecadores, Deus mesmo é quem nos separa para si, Deus mesmo é quem realiza em nós uma vida consagrada.
2. Então vejamos as bases da nossa santificação: quem nos santifica, porque ele nos santifica e como ele nos santifica
2.1. Primeiro, ele diz que quem nos santifica é Jesus
Hb 2:11
Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos.
Quando ele diz que tanto o que santifica como os que são santificados vêm de um só, que este santificador não se envergonha de chamar os santificados de seus irmãos, a referência óbvia é ao Senhor Jesus, que no v. 10 é descrito como o autor da nossa salvação, que foi aperfeiçoado como nosso salvador por meio das coisas que sofreu.
Não significa que apenas Jesus nos santifica, pois noutros lugares esta obra também é atribuída a Deus e ao Espírito Santo.[6]
Mas aqui, ele diz que quem nos santifica é Jesus por causa da maneira como somos santificados.
E de tal modo Jesus nos santifica que não se envergonha de nos chamar como seus irmãos.
2.2. Em segundo lugar, Hebreus também ensina porque Jesus nos santifica
Já lemos aqui em 2:11 que tudo tem origem em Deus.
Agora leiamos também Hb 10:10
Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas.
“Nesta vontade”, aponta para a razão, o porquê.
E que vontade é esta?
Se voltarmos os olhos para os vs. 7 e 9 veremos que, quando Jesus entrou no mundo, ele disse ao Pai: “Estou aqui, ó Deus, para fazer a tua vontade”.
O Pai nos chama e ordena que sejamos santos, e Jesus nos santifica, porque Deus, que é santo, nos deseja para ele.
Ou como disse a Israel: “O Senhor vos escolheu, porque vos amava...”.[7]
Ou ainda em Efésios: “Deus nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo, e em amor nos predestinou para ele...”.[8]
E Colossenses: “eleitos de Deus, santos e amados...”.[9]
E em Romanos: “Amados de Deus, chamados para serdes santos”.[10]
2.3. Em terceiro lugar, ele nos ensina também como Jesus nos santifica
“Nesta vontade temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo”, em nosso favor.
Isto é, foi através de sua morte na cruz.
Hb 10:14
Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados.
Há duas observações que eu gostaria de fazer aqui:
A primeira, é que de acordo com o v. 10 nós “temos sido santificados”: o tempo verbal indica uma ação completa, mas ao mesmo tempo permanente.
E de acordo com o v. 14 “estamos sendo santificados”: quer dizer, a santificação é tanto algo que teve um momento de início definido, como algo que continua a se desenvolver sempre, em nossa vida.
A segunda observação é que esta santificação acontece graças a uma obra perfeita realizada por Jesus em nosso favor.
O único modo de sermos purificados e separados para Deus é mediante o sangue de Jesus.
E este sacrifício foi perfeito, não precisa ser repetido. É eternamente eficaz.
Jesus morreu por nós, de uma vez por todas; e com esta única oferta ele já nos santificou para sempre.
Quero dizer, ainda que nós estejamos em processo de santificação, uma vez que ela começou, é infalível.
Que certamente será levada até o fim, pois “aquele que começou boa obra em nós há de aperfeiçoá-la até o dia de Cristo Jesus”.[11]
E esta santificação conseguida na cruz também realiza em nós não somente a purificação dos pecados, mas também nos liberta para uma vida consagrada a Deus:
Hb 9:13, 14
13 Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, 14 muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!
Aqui, como em toda a epístola, ele está falando da superioridade do sacrifício de Jesus, em relação a todas as cerimônias do Antigo Testamento, que apenas eram como que uma sombra, diante da tão grande obra realizada por Jesus.[12]
E ele diz:
“Olha, nos dias da Antiga Aliança, o sumo sacerdote tomava do sangue dos animais e o aspergia sobre todos, e por meio daquele sangue, ainda que fossem apenas um símbolo carnal, temporário e imperfeito, as pessoas contaminas pelo pecado eram santificadas”.
“Se era assim, quanto mais agora, que pelo poder do Espírito Eterno, Jesus derramou seu sangue puro, sem mácula, em nosso favor, quanto mais agora o sangue de Cristo purificará nossa consciência de todas as nossas obras mortas...”
“E uma vez purificados em nossa consciência, purificados de uma vez para sempre, podemos servir ao Deus vivo sem impedimento algum...”.
Resumindo: em nós mesmos somos pecadores, distantes de Deus, distantes deste padrão elevado de santidade que ele nos ordena andar.
Mas Deus nos amou e nos quis para si. Ele nos amou com amor eterno, desde antes da criação do mundo, e deu uma ordem a Jesus:
“Vá”, ele disse, “e santifique estes meus amados: purifique a vida deles. Limpe seus corações, limpe suas consciências, liberte-os do pecado, separe-os a fim de que possam crescer, a fim de que possam ter a nossa imagem restaurada neles, a fim de que vivam para nós...”.
E Jesus obedeceu, e nos santificou.
Agora, de glória em glória,[13] pelo poder do Espírito que ele faz habitar em nós, somos de Deus, estamos sendo transformados, e estamos crescendo até o dia de Cristo Jesus.
Então, quando o Senhor: “Segui a santificação...”, está dizendo:
“Veja, tudo já está preparado: você já foi purificado, já foi separado para mim, já pode andar comigo, já pode ser santo a cada dia, e crescer em santidade. Quando mais você crescer, mais será capaz de me contemplar, e ser semelhante a mim...”
Não é um caminho prazeroso? Você quer ser parecido com Jesus?
3. Mas por último, precisamos falar das “dores da santificação”
Muitos de nós ainda nos lembramos que, em certas fases de nossa infância, experimentamos aquilo que costumeiramente é chamado “dores de crescimento”.
São dores musculares, especialmente nas pernas, nos pés, e que tem origem tanto física como emocional. Não são uma doença, são um aspecto normal do nosso desenvolvimento físico.
Depois nós ainda experimentamos outros tipos de “dores de crescimento”, em muitas outras ocasiões.
Neste sentido, podemos dizer que “crescer dói”.
Agora, acho que vale a pena dizer que, quando crescemos, a nossa tendência natural é esquecer destas dores.
Mas há também um sentido espiritual em que “crescer dói”.
E quanto a isto Hebreus também tem algo a nos dizer:
Hb 12:9-11
9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos?  10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.  11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.
Se lermos desde o início do capítulo, veremos que a disciplina da qual a Palavra fala aqui não é primeiramente um castigo em vista dos nossos erros, mas uma amorosa correção que o Pai celestial impõe sobre nós, a fim de que nosso caráter seja aperfeiçoado.
Se Deus não nos corrigisse, ele diz, isto seria um mau sintoma: o sintoma de que não seríamos realmente filhos dele. Mas se ele o faz é para que também nisto saibamos que somos seus filhos.
E como um Pai amoroso que deseja que sejamos parecidos com ele, Deus trata com as nossas fraquezas: trata com o nosso orgulho, com o nosso temperamento, com a nossa incredulidade.
Deus trata conosco a fim de que nos tornemos melhores: em vez de orgulho, humildade, como a dele; em vez egocentrismo, amor, alegria, obediência, mansidão, domínio próprio; em vez de incredulidade, confiança, e assim por diante, em todas aqueles traços de caráter que vemos em Jesus.
Através das várias situações difíceis que enfrentamos, através da nossa luta contra as tentações, Deus está trabalhando para que superemos deficiências, cresçamos na semelhança com Jesus e sejamos participantes de sua santidade.
Mas quando Deus está assim tratando conosco, dói.
Por exemplo, no v. 14 lemos: “Segui a paz com todos...”.
Se somos filhos do Deus da paz, se o Príncipe da paz é nosso irmão primogênito, então devemos aprender a cultivar a paz em nossos relacionamentos. A paz é irmã do amor.
Eu conheço um homem a quem o Senhor começou a mostrar que havia algumas pessoas contra as quais ele havia pecado, a quem ele deveria procurar, reconhecer seus erros e se reconciliar.
Mas não era uma coisa fácil para ele fazer isto. Ele não tinha o hábito de reconhecer seus erros, pedir perdão.
Então ele simplesmente não conseguia ter tranquilidade no coração, não conseguia nem ao menos dormir direito.
Porque sentia o Espírito Santo corrigindo-o.
Mas pedia a Deus: “Senhor, eu quero ser santo”.
E Deus não lhe deu sossego enquanto ele não procurou cada uma das pessoas com quem precisava conversar.
Mas cada vez que obedeceu, uma nova alegria lhe invadia o coração. A cada ato de obediência, uma nova alegria.
Pois se Deus faz assim, se ele nos corrige, se ele nos disciplina falando à consciência, ou se nos repreende através das dificuldades que enfrentamos, embora isto não pareça motivo de alegria na hora, certamente o resultado final nos trará felicidade.
E até nisto Deus está trabalhando para que aprendamos a ser como Jesus.
Pois veja: nos vs. 1-3 aqui deste mesmo capítulo está escrito que Jesus, em troca da alegria que lhe estava proposta, não fez caso das afrontas que sofreu, mas fez a vontade de Deus, mesmo em meio ao sofrimento.
Por isto também no cap. 5 nos diz que ele foi aperfeiçoado como nosso salvador através de sua obediência em meio a sofrimentos.[14]
Assim, irmãos, quando Deus nos diz que agora que somos dele, devemos nos despir do velho homem, e nos vestir do novo, muitas vezes isto implica “dores de crescimento”.
Mas também aqui há uma promessa: quando estas dores tiverem feito o seu trabalho, quando nós nos tornarmos mais parecidos com Jesus, então as tristezas de agora serão esquecidas, e darão lugar à alegria, ao fruto de paz e justiça.
Conclusão e aplicação
No Antigo Testamento Deus estabeleceu uma cerimônia de consagração dos sacerdotes: quando estes homens chamados por Deus eram consagrados ao ministério, o sangue da aliança era colocado na porta do polegar da mão direita do sacerdote, na ponta do artelho maior do pé direito, na ponta da orelha direita dele. Significava que a partir dali este era um homem separado para servir a Deus.
Tocados pelo sangue do cordeiro, seus ouvidos eram pra ouvir a Deus.
Suas mãos para fazer a vontade de Deus.
Seus pés para andar nos caminhos de Deus.
É este conceito que está por trás do mandamento que o Espírito nos dá quando diz:
“pelas misericórdias de Deus, ofereçais os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.[15]
Você foi tocado pelo sangue de Jesus? Você foi comprado pelo sangue de Jesus?
Então, que maravilha! Você é separado para Deus.
1. Você tem a promessa de que pode ver aquele que é invisível.
Pode andar com Deus neste mundo, e vê-lo face a face na eternidade.
2. Ande por este caminho
Siga a santificação
Você pode se consagrar a cada dia, dizendo: Senhor, estou aqui. Sou teu. Minhas mãos, e pés, e ouvidos, todo o meu ser, são para ti, pra te agradar, para fazer a tua vontade.
3. Submeta-se, alegre-se, persevere, deixe Deus te santificar
Isto até pode doer um pouco agora, mas esta dor não pode ser comparada à grandeza do fruto de alegria que você colherá.




[1] 1ª Co 2:9
[2] Êx 24; Hb 9
[3] Ef 4:11-13
[4] Êx 33:11
[5] 1ª Pe 1:15, 16
[6] Ex.: 1ª Pe 1:2
[7] Dt 7:6-8
[8] Ef 1:4,5
[9] Cl 3:12
[10] Rm 1:7
[11] Fp 1:6
[12] Hb 10:1
[13] 2ª Co 3:18
[15] Rm 12:1, 2

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