Domingo, 12 de junho de 2016
Pr. Plínio Fernandes
Amados
irmãos, eu desejo iniciar lendo com vocês alguns versículos em Apocalipse 2 e 3
Ap
2:5 (à igreja em Éfeso)
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das
primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro,
caso não te arrependas.
Ap
2:16 (à igreja em Pérgamo)
Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles
pelejarei com a espada da minha boca.
Ap
2:21 (à igreja em Tiatira, sobre Jezabel)
Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer
arrepender-se da sua prostituição.
Ap
3:3 (à igreja em Sardes)
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te.
Porquanto, se não vigiares, virei como
ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti.
Ap
3:19 (à igreja em Laodicéia)
Eu repreendo e
disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.
Conforme vimos em nosso estudo anterior, o Livro do Apocalipse
foi escrito por volta do ano 95 DC, quando Domiciano era o césar romano, e
estava promovendo uma intensa perseguição contra a igreja cristã.
Na realidade foi um período de muita crueldade contra os cristãos; por isto,
no Cap. 1:9, João, ao falar do momento em que estavam vivendo, chama aqueles
dias de “tribulação”.
Ele mesmo estava preso, numa ilha chamada Patmos,
por causa de sua fé em Jesus.
Agora, ao mesmo tempo em que havia este inimigo de
fora, as igrejas estavam sofrendo uma série de conflitos internos – muitos
crentes estavam esfriando em sua fé, em seu amor, em sua obediência; muitos
estavam sucumbindo diante das tentações.
Então Apocalipse foi escrito com um duplo propósito:
Um deles foi o de, em amor disciplinar os crentes,
repreendê-los através da Palavra de Jesus, para que se arrependessem de seus
pecados e se renovassem em sua fé, e assim continuassem, perseverantemente, a
seguir ao Senhor.
E ao mesmo tempo, encorajá-los em suas tribulações
por causa do reino de Deus.
E, neste sentido, o que Jesus faz é mostrar que, a
despeito de toda perseguição, todo conflito, toda oposição que o crente
enfrenta neste mundo, ele nunca está sozinho, abandonado à própria sorte, como
uma ovelha sem pastor, como um filho abandonado.
Ao contrário, em todos os momentos, ele pode contar
com a presença do Senhor, ajudando, fortalecendo, orientando, “sofrendo junto”,
em cada situação.
E no final, assim como o Senhor Jesus venceu o
mundo, o diabo, o pecado e a morte, assim também todo aquele que perseverar em
segui-lo será vencedor, e herdará a vida eterna.
Assim, na semana passada nós destacamos
primeiramente uma Palavra de consolação e encorajamento à igreja, com base no
v. 1 do cap. 2:
Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva
na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro
- Ap 2:1
Destacamos que a pessoa que está falando aqui é o
Senhor Jesus: o Filho de Deus, criador dos céus e da terra, Senhor da vida e da
morte, que nos ama, e que em seu amor por nós se fez homem, a fim de nos dar
vida através de sua própria morte.
Ele é quem, depois de se entregar por nós,
ressuscitou, subiu ao céu, e de lá voltará para buscar os que são seus.
Mas ao mesmo tempo em que ele está no céu, conforme
vimos, ele está entre nós, a sua igreja. E tem na mão direita a cada um dos
seus servos.
Então estamos seguros em suas mãos poderosas, e nada
pode nos tirar delas. Pelo fato de ele estar entre nós, ele nos conhece, vê
nossas lutas, tribulações, dificuldades, e diz: “Não temas”.
Agora hoje, meus irmãos, eu gostaria de meditar com
vocês sobre o outro aspecto do Apocalipse que nós destacamos em nossa
introdução.
Se, por um lado, Apocalipse é uma palavra de
encorajamento e consolo em nossas tribulações, também é uma palavra de
repreensão quanto às fraquezas na fé.
Conforme pudemos perceber nos versículos que
destacamos para a nossa leitura, em cinco das cartas que dirigiu às sete
igrejas da Ásia, o Senhor Jesus faz uma exortação
ao arrependimento.
Isto quer dizer que as tribulações pelas quais
passamos não devem ser usadas como justificativa para um esfriamento
espiritual.
Ao contrário, como temos visto, nos momentos de
tribulação podemos ter a certeza de que o Senhor dos céus e da terra, o Senhor
da história, o Senhor da nossa vida está conosco.
Assim, se nos deixarmos esfriar por causa das
tribulações, estaremos pecando, e precisamos nos arrepender.
1. O que é arrependimento?
A palavra grega para arrependimento significa “mudança de pensamento”.
Significa
transformação da mente, de algo inferior para algo melhor, superior, além do
que era antes. Uma transformação em nossa maneira de pensar que envolve e
transforma os nossos desejos, a nossa vontade, os nossos sentimentos, e
consequentemente as decisões e o comportamento.
E a esta
mudança de comportamento a Bíblia chama de “fruto digno de arrependimento”.
Por
exemplo: se antes eu não reconhecia a Jesus como Deus, mas adorava a outro deus
ou deuses, quando me arrependo, e assim passo a reconhecê-lo, adoro somente a
Jesus.
Se antes
vivia para mim mesmo, agora vivo para fazer a vontade de Deus. Se antes andava
em desobediência aos mandamentos de Deus, agora passo a obedecer.
É possível
que, ao ouvir estas coisas, algum irmão entenda que seu esteja ensinando uma
“salvação através de nossos méritos”. Pode dizer:
– “Olha, o que você está falando é errado. Pois
o que você está dizendo, nada mais é do que uma doutrina de salvação pelas
obras, disfarçada de Evangelho. Mas não é isto o que a Bíblia ensina. A Bíblia
diz que a salvação é tão somente pela fé”.
E é claro,
meus irmãos, que a doutrina bíblica é no sentido de que nossa salvação eterna
não é algo que consigamos adquirir por nós mesmos. Nossas melhores obras são
todas em maior ou menor medida manchadas pelo pecado. Nunca seríamos capazes de
nos salvar a nós mesmos. [1]
Mas, ao
mesmo tempo, de acordo com a Bíblia, sair da incredulidade para a fé e
arrepender-se são dois aspectos de uma só verdade. Como dois lados de uma mesma
moeda.
Não existe
“fé” sem arrependimento. Assim como não existe fé sem obras, e não existe
arrependimento sem seus frutos.[2]
E para que
não exista dúvida quanto a isto, vejamos o ensino do Espírito Santo através de
Marcos.
Mc 1:14,
15
Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galiléia, pregando o
evangelho de Deus, 15 dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de
Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.
Vejamos alguns exemplos deste ensino:
Is 55:6-9:
Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. 7 Deixe o perverso o seu caminho, o
iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e
volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar. 8 Porque os meus pensamentos não
são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o
SENHOR, 9 porque, assim como os céus são mais altos do que a terra,
assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus
pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.
Veja o que
significa converter-se a Deus:
Significa
deixar nossos pensamentos errados, nossos caminhos errados, e voltamo-nos para
o Senhor: para seus pensamentos e seus caminhos. Porque os pensamentos de Deus
são mais elevados, melhores, superiores.
Quando
você percebe que está fazendo uma coisa (construindo uma casa, por exemplo), de
modo errado, você não apenas percebe que o jeito de fazer está errado, ou
inferior; você também muda o jeito de fazer, para o que é certo, ou melhor. Da
mesma maneira, arrepender-se significa perceber que está andando por caminhos
errados, longe de Deus, e começar a andar com Deus.
Então,
aquele que adora falsos deuses, passa a adorar ao Deus verdadeiro.
1ª Ts 1:9
Pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o
nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a
Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro.
Aquele
está amando as coisas do mundo, passa a amar as coisas do céu.
Lc
3:10-14:
Então, as multidões o interrogavam, dizendo: Que havemos, pois, de
fazer? 11 Respondeu-lhes:
Quem tiver duas túnicas, reparta com quem não tem; e quem tiver comida, faça o
mesmo. 12 Foram também
publicanos para serem batizados e perguntaram-lhe: Mestre, que havemos de
fazer? 13 Respondeu-lhes: Não
cobreis mais do que o estipulado. 14
Também soldados lhe perguntaram: E nós, que faremos? E ele lhes disse: A
ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa e contentai-vos com o vosso soldo.
Foi assim
que aconteceu quando Paulo creu em Jesus:
At 22:9,
10
Os que estavam comigo viram a luz, sem, contudo, perceberem o sentido da
voz de quem falava comigo. 10
Então, perguntei: que farei, Senhor? E o Senhor me disse: Levanta-te, entra em
Damasco, pois ali te dirão acerca de tudo o que te é ordenado fazer.
Esta
pergunta, “que farei, Senhor?”, revela a transformação, o fruto de
arrependimento que se passa na alma daquele que crê em Jesus, pois como Paulo
mesmo explica mais tarde, “se alguém está
em Cristo é nova criatura; as coisas velhas se passaram; eis que tudo se fez
novo”.[3]
2. Quando o arrependimento é necessário
Primeiramente, o arrependimento é
necessário quando de nossa conversão a Jesus
Mc 1:14,
15
Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galiléia, pregando o
evangelho de Deus, 15 dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de
Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.
Vamos nos lembrar de quem é Jesus.
Ele é o Deus eterno, que veio habitar entre nós na forma de um ser humano a
fim de nos salvar dos nossos pecados; ele é o rei eterno, que, no poder do
Espírito Santo, veio guiar e apascentar nossas almas.
Aquele a quem devemos adorar em amor, em quem podemos confiar de coração, a
quem podemos confiar nossas vidas.
Jesus é a revelação de Deus. Ele veio do céu para nos conduzir ao céu.
Esta frase, “reino dos céus”, ou “reino de Deus”, é uma das que mais brotam
dos lábios de Jesus nos Evangelhos.
E é uma das mais doces, mais consoladoras e renovadoras que podem repousar
em nosso coração.
“Reino dos céus” representa tudo o que é bom: descreve a esfera do governo
de Deus, a começar do coração humano.
E a partir disto, na medida em que se desenvolve e faz o homem amadurecer,
se manifesta nos relacionamentos familiares, nas amizades, no trabalho e nos
relacionamentos sociais.
Onde o reino de Deus se instala, ensina o Apóstolo Paulo, ali há mudança de
vida: ali há justiça, paz e alegria no Espírito Santo; ali há o poder do
Evangelho, concedendo vida eterna.
Mais tarde Jesus irá, nos Evangelhos, explicar outras vezes a natureza do
reino de Deus: ele está perto, entre nós, disse Jesus, dentro do coração
humano.
Mas há uma condição necessária: Arrependei-vos.
Durante cerca de três anos Jesus pregou sobre a terra, buscando e salvando
muitas pessoas. Algumas delas são citadas pelos nomes: os discípulos que depois
se tornaram apóstolos, Maria Madalena, Zaqueu, Lázaro e suas irmãs, e muitas
outras.
Depois, em cumprimento às promessas proféticas, Jesus se entregou na cruz,
morreu pelos nossos pecados, ressuscitou ao terceiro dia e subiu ao céu,
prometendo que voltará para buscar sua igreja e julgar o mundo.
Mas antes de subir ao céu, Jesus deu seu último mandamento aos apóstolos.
Nós vamos ler este mandamento conforme registrado no Evangelho de Lucas:
Lc 24:44-49
A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras
que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de
mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. 45
Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; 46
e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar
dentre os mortos no terceiro dia 47 e que em seu nome se pregasse
arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de
Jerusalém. 48 Vós sois testemunhas destas coisas. 49 Eis
que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que
do alto sejais revestidos de poder.
Leia de novo o v. 47: a mensagem que os apóstolos deveriam pregar, em nome
de Jesus, em todas as nações era esta: “o arrependimento”.
Além
disso, há um sentido em que o arrependimento também é necessário em nosso
caminhar diário com Deus
A partir da
conversão a Jesus, o arrependimento se torna “a forma de vida” do crente.
Pois o
arrependimento e a fé, como já dissemos, são dois aspectos inseparáveis do
coração regenerado.
Assim como a fé
se desenvolve, a mente renovada também, a transformação da compreensão, o
aprender a pensar de acordo com o ponto de vista de Deus.
Então Paulo
encoraja as igrejas para as quais escreve, no sentido de que mudem sempre a
maneira de pensar, deixando para trás aquilo que era da vida antiga e crescendo
em sua nova maneira de viver.
Por exemplo:
Rm 12:1, 2
Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o
vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional. 2 E não vos
conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Ele está
escrevendo a pessoas crentes, que já compreenderam a graça de Deus, as
misericórdias do Senhor reveladas em Jesus Cristo. Pessoas que já foram
regeneradas.
Está começando a
ensinar como é que no dia a dia podem experimentar a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus, como podem viver de acordo com a vontade de Deus.
Então diz:
consagrem-se a Deus e não se conformem com este século (não assumam a forma de
viver deste mundo); mas se transformem (a palavra é “metamorfose”) para algo
superior, mediante a renovação de sua maneira de pensar, de compreender as
coisas.
Ef 4:20-32
Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, 21 se é que, de fato, o tendes
ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, 22 no sentido de que, quanto ao
trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as
concupiscências do engano, 23
e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, 24 e vos revistais do novo homem,
criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade. 25 Por isso, deixando a mentira,
fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos
outros. 26 Irai-vos e não
pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira,
27 nem deis lugar ao diabo.
28 Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe,
fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao
necessitado. 29 Não saia da
vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para
edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que
ouvem. 30 E não entristeçais
o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. 31 Longe de vós, toda amargura, e
cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. 32 Antes, sede uns para com os
outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus,
em Cristo, vos perdoou.
Este tipo de
instrução nós podemos perceber quase que a cada momento em todas as seções
práticas das epístolas do Novo Testamento. Sempre há uma série de instruções
quanto às bases da nossa fé, e sempre uma série de instruções quanto aos frutos
práticos que a fé deverá produzir.
Mas também, a Bíblia nos ensina que
é necessário o arrependimento quanto a certos pecados que podem “se instalar”
em nossa vida, de modo que precisamos romper com eles.
Em cinco, das sete cartas a igrejas no
livro do Apocalipse, o Senhor Jesus chama o povo crente ao arrependimento.
Em Ap 2:2-5, o
Senhor Jesus chama os crentes de volta ao primeiro amor:
Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que
não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se
declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; 3 e tens perseverança, e
suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer. 4 Tenho, porém, contra ti que
abandonaste o teu primeiro amor. 5
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras
obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não
te arrependas.
Em Ap 2, ordena a
duas igrejas que se arrependam da imoralidade e das falsas doutrinas
Ap 2:13-16:
Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que
conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha
testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. 14 Tenho, todavia, contra ti
algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual
ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem
coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição. 15 Outrossim, também tu tens os
que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas. 16 Portanto, arrepende-te; e, se
não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca.
Ap 2:19-23
Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua
perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras. 20 Tenho, porém, contra ti o
tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não
somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a
comerem coisas sacrificadas aos ídolos. 21
Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da
sua prostituição. 22 Eis que
a prostro de cama, bem como em grande tribulação os que com ela adulteram, caso
não se arrependam das obras que ela incita.
23 Matarei os seus filhos, e todas as igrejas conhecerão que
eu sou aquele que sonda mentes e corações, e vos darei a cada um segundo as
vossas obras.
Em Ap 3:1-3,
repreende pessoas que ouviam, conheciam, mas não praticavam o que a Bíblia
ensina.
Ap 3:1-3
Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os
sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome
de que vives e estás morto. 2
Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho
achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. 3 Lembra-te, pois, do que tens
recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei
como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti.
Em 3:15, 16, e
19, repreende aos “crentes mundanos”.
Ap 3:15-16
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio
ou quente! 16 Assim, porque
és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca.
Como podemos
perceber, cada uma destas repreensões de Jesus contém advertências fortes e
sérias, sobre a necessidade de arrependimento, de abandono de pecados, de
conversão, quando crentes se deixam envolver com pensamentos e práticas
erradas.
Porque o Senhor
Jesus fala de modo tão grave?
Ap 3:19
Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e
arrepende-te.
Por amor. O amor
de Jesus é zeloso por nossas almas. E ordena que sejamos zelosos também. Que,
se estamos pecando, mudemos nossa maneira de pensar, e mudemos nossos caminhos.
Conclusão e aplicação
Eu desejo
concluir, irmãos, nosso estudo de hoje, com um exemplo triste, na Bíblia, que,
embora de maneira negativa, nos indica o caminho a ser tomado.
Hb 12:16, 17
Nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto,
vendeu o seu direito de primogenitura. 17 Pois sabeis também que,
posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar
de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.
Portanto, o tempo
de arrepender-se chama-se “hoje”. Hoje,
se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.
Esaú
arrependeu-se tarde demais
Você se lembra da
exortação de Isaías? Buscai o Senhor enquanto
se pode achar. Invocai-o enquanto
está perto. Pois o Espírito do Senhor não insiste para sempre com o homem
de coração endurecido. E chega um tempo em que não há mais oportunidade para
arrependimento.
Então é urgente.
Examine-se a si mesmo, hoje e sempre, e a cada dia, aprenda a deixar para trás
qualquer forma de pensar que perceba ser contrária à Palavra de Deus. Aprenda a
renovar sua mente, transformá-la de acordo com o ensino do Senhor.
[1] Ef 2:8-10
[2] Tg 2:19-26
[3] 2ª Co 5:17
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