Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

domingo, 25 de junho de 2017

Servo bom e fiel - Mt 25:14-30

IPC de Pda de Taipas
Domingo, 25 de junho de 2017
Pr. Plínio Fernandes
Amados irmãos, vamos ler Mateus 25:14-30
14 Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens.  15 A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu.  16 O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco.  17 Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois.  18 Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor.  19 Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.  20 Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei.  21 Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.  22 E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei.  23 Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.  24 Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste, 25 receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.  26 Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?  27 Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu.  28 Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez. 29 Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.  30 E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes.
Intr.
Os capítulos 24 e 25 aqui do Evangelho de Mateus contém um sermão escatológico do nosso Senhor Jesus, isto é, um sermão em que ele nos ensina como serão os últimos dias, e o fim da história tal como a conhecemos agora.
Nós, os cristãos, de acordo com o ensino bíblico, cremos que há um dia, determinado por Deus Pai, em que o próprio Senhor Jesus voltará para julgar o mundo, pôr fim a todas as formas de pecado e maldade, e estabelecer um mundo renovado; novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça[1].
Nestes dois capítulos Jesus está nos ensinando sobre a sua vinda. Ele virá do céu pessoalmente, da mesma forma como subiu ao céu depois de sua ressurreição[2]. Estará cercado de seus anjos, em grande esplendor e glória, e todos os homens estarão diante dele.
Não somente os vivos, mas também os que estiverem mortos. Estes, serão chamados de seus túmulos, ou de onde quer que estejam[3].
Assim como Jesus disse ao irmão de Marta e Maria, que já estava morto e sepultado havia quatro dias: – “Lázaro, sai para fora”, e Lázaro reviveu[4], assim também ordenará que todos os mortos compareçam à sua presença.
Assim como no princípio da criação, quando Deus disse: –“Haja...”, e todas as coisas, do universo, “do nada” foram sendo trazidas à existência, apenas pelo poder de sua Palavra[5], pelo mesmo poder todos os que tiverem voltado ao pó, do pó tornarão.
Então, todos os seres humanos, de todos os tempos, de todos os lugares, comparecerão perante o tribunal de Cristo, e receberão o seu veredito a respeito de suas vidas.
Os que forem considerados justos, isto é, os escolhidos de Deus, que viveram com fé em Jesus, com amor para com o próximo, que perseveraram na prática do bem, com os olhos na eternidade, receberão a recompensa da vida eterna. Os que forem considerados injustos receberão o castigo eterno.
Diante disto, o Senhor conta uma série de quatro parábolas nas quais ele nos admoesta a que não vivamos de modo tolo, mas que sejamos sábios e nos preparemos para o dia da sua vinda.
O texto que lemos hoje contém a última destas quatro parábolas, que é conhecida como “A parábola dos talentos”.
Nela, o Senhor fala de um homem rico que saiu para uma longa viagem. Antes de sair, ele chamou três dos seus servos, e colocou certa quantia em dinheiro sob os cuidados de cada um.
O primeiro recebeu cinco talentos. O segundo, dois talentos, e o terceiro, um talento. Cada talento era uma quantia de dinheiro, normalmente em moedas de ouro ou de prata.
Os primeiros dois servos, tão logo o senhor se ausentou, puseram-se a trabalhar, e multiplicaram por dois os talentos a eles confiados.
Quando o senhor voltou, apresentaram os resultados do seu trabalho. E o senhor respondeu a cada um deles:
– Muito bem, servo bom e fiel. Você foi fiel no pouco. Então posso confiar em você para coisas maiores. Vamos comemorar juntos.
Mas o terceiro servo, na ausência do seu senhor, enterrou o seu talento e entregou-se à ociosidade.
Então, na volta do senhor, “inventou uma desculpa” pela sua negligência:
– Senhor, eu sei que o senhor é um homem severo. Que colhe onde não plantou, que ajunta onde não espalhou. Então fiquei com medo, e escondi na terra o talento que o senhor me deu para cuidar. Aqui está de volta.
Você vê: ele não quis trabalhar. Então não fez nada. E ainda tentou jogar a culpa de sua preguiça sobre o seu senhor: “Tu és severo. Tu colhes onde não plantaste”; em outras palavras, “tu és injusto”.
E o senhor, respondendo ao insensato de acordo com a sua insensatez[6], então disse:
Servo mau e negligente. Se você sabe que eu sou desse jeito, porque nem ao menos se deu ao trabalho de colocar o meu dinheiro no banco? E assim, ao voltar eu receberia o que é meu com juros.
Então ordenou que o talento lhe fosse tirado, e entregue ao que tinha dez; e ao servo inútil, que fosse lançado para fora, na escuridão.
Como eu já disse, esta parábola foi contada por Jesus como uma ilustração que ensina que devemos estar preparados para o dia da sua volta.
Naquele dia, os servos inúteis serão lançados fora da presença de Jesus; serão lançados nas trevas.
Mas, ao contrário destes, muitos ouvirão palavras de imensa alegria.
vs. 21 e 23:
Bem está, servo bom e fiel. Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu Senhor (A NVT traduz: “Venha celebrar comigo”, isto é, “Vamos comemorar”).
Estão entre as coisas mais doces que o crente em Jesus anela ouvir do Senhor seu Deus. Você quer ouvi-las quando Jesus vier?
Se você e eu queremos ouvir ouvi-las naquele dia, é necessário que as ouçamos desde agora.
Vamos, pois, meditar nesta bela descrição que Jesus faz, daqueles de quem o senhor se agradou ao voltar: servo bom e fiel. O que ela deve despertar em nós?
1. A consciência de que somos servos, e Jesus é nosso Senhor e Deus
O terceiro homem desta parábola, o que foi lançado nas trevas da noite, no v. 30, é chamado “servo inútil”, isto é, “servo que não serve”, e servo que não serve não é servo.
Uma característica dos que são eleitos por Deus para a vida eterna é que eles têm consciência de que são servos de Deus.
Veja, por exemplo, a maneira como Paulo inicia suas cartas aos romanos: “Paulo, servo de Jesus Cristo...”. Aos filipenses: “Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo...”. A Tito: “Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus...”.
Veja a maneira como Tiago começa sua carta: “Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo...”.
E Judas: “Judas, servo de Jesus Cristo...”.
O que é um servo?
A palavra grega (doulos) também pode ser traduzida como “escravo”. É uma pessoa que vive, não para si mesma, mas para outra. O servo é um homem que vive para o seu senhor. No seu dia a dia ela busca, em primeiro lugar, não fazer a sua própria vontade, mas a do seu senhor; não cuida primeiramente dos seus próprios bens (quando os possui), não cuida de sua própria vida, mas primeira e principalmente, cuida dos interesses do seu senhor.
Como José, no Egito, um escravo que cuidava das coisas da casa de seu senhor Potifar[7].
Ora, os crentes em Jesus tem exatamente esta postura diante dele: eu sou seu servo, e ele é o meu Senhor.
Vamos ler Romanos 14:7-9:
Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si.  8 Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor.  9 Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos.
Aqui no cap. 14 de Romanos, Paulo está ensinando que nós, servos de Deus, não devemos nos julgar uns aos outros. No v. 4, ele pergunta: – “Quem és tu, que julgas o servo alheio?” (isto é, os servos de Deus).
É neste contexto que ele nos diz então que todos somos servos de Deus.
Sendo assim a grande característica que distingue a nossa vida é que não vivemos para nós mesmos. Nem quando morrermos será para o nosso próprio benefício. Ainda que a nossa vida seja muito boa e feliz, não vivemos primariamente para nós mesmos.
Quer, pois, vivamos, quer morramos, somos do Senhor, e vivemos para o Senhor, para a vontade dele, isto é, para conscientemente, fazer a vontade dele.
Foi para isto que Jesus Cristo deu a sua vida, ele diz no v. 9, e ressurgiu, para ser o Senhor, tanto dos que estão vivos, como daqueles que já morreram (e agora estão no céu[8]).
Assim sendo, em nosso dia a dia, em todas as coisas, o nosso primeiro compromisso é com o Senhor Jesus, com a vontade dele, com os mandamentos dele, com os ensinos dele, com a honra dele.
Vivemos para realizar os negócios dele, com os “talentos” dele (isto é, os recursos que ele tem colocado em nossas mãos).
Desta perspectiva, entendemos então que nada nesta vida pertence a nós mesmos: nossos bens materiais não são nossos, tudo vem das mãos dele[9]. O dinheiro em nossas mãos não é nosso, mas dele é o ouro e a prata[10], e devemos usar de acordo com a vontade dele.
Nosso cônjuge não é propriamente nosso, mas pertence ao Senhor, e devemos cuidar para o Senhor. Por isto, assim como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, assim também o marido crente deve cuidar bem da esposa, para que ela seja santificada para Deus[11].
Nossos filhos são herança do Senhor[12], foram gerados para Deus, e pertencem a Deus[13],
Nosso tempo neste mundo pertence a Deus. Não há como acrescentar um côvado à nossa existência aqui[14].
Nossos dons espirituais, nossas capacidades naturais, nossa inteligência, nosso coração, nada é para nós, tudo é para Deus[15].
Não é sem razão que os “milhões de milhões e milhares de milhares” de seres espirituais que João viu diante do trono de Deus, proclamam em grande voz que Jesus, o Cordeiro que foi morto para a nossa redenção, é “digno... de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” [16].
O crente é alguém que vive guiado pela consciência de que é um servo de Deus.
Mas não é uma servidão involuntária, irritada, obrigatória, sem alegria e sem disposição do coração.
Veja: quando dizemos que uma pessoa é serva de outra, no mais comum das vezes entendemos que esta servidão não é porque o servo desejou assim.
Nos tempos bíblicos, havia várias circunstâncias em que era possível um homem se tornar servo de outro: por exemplo, quando era vencido numa guerra, ou quando tinha uma dívida que não pudesse pagar. Neste último caso, a lei mosaica previa que o devedor se tornaria servo do seu credor, ou poderia ser comprado por um terceiro que pagaria a sua dívida. O servo então trabalharia por um período de seis anos, ganhando apenas metade de uma diária de serviço[17].
Na maior parte das vezes, a servidão então era involuntária, forçada.
Mas no caso dos servos de Jesus Cristo, não é assim. Reconhecer-se servo de Jesus é mais que uma obrigação. É uma alegria.
E isto nos leva à segunda característica mencionada pelo senhor na parábola:
2. Servo bom
É assim que o senhor o descreve primeiramente.
Esta palavra, bom, significa alguém “de boa constituição ou natureza, útil, saudável, agradável, amável, alegre, feliz, excelente, distinto, honesto, honrado” [18]. No contexto, significa alguém que agradou ao seu senhor, porque fez o melhor, porque fez com prazer e amor.
Eu já mencionei que, na lei mosaica, quando um homem se tornava devedor, e não tivesse recursos, ele pagaria sua dívida tornando-se servo do seu credor por um período de seis anos, ao fim dos quais deveria ser libertado.
Mas a mesma lei também fazia uma provisão para o caso de, terminados os seis anos, ainda assim o homem desejasse continuar servindo o seu senhor.
Vamos ler Deuteronômio 15:12-17:
Quando um de teus irmãos, hebreu ou hebreia, te for vendido, seis anos servir-te-á, mas, no sétimo, o despedirás forro.  13 E, quando de ti o despedires forro, não o deixarás ir vazio.  14 Liberalmente, lhe fornecerás do teu rebanho, da tua eira e do teu lagar; daquilo com que o SENHOR, teu Deus, te houver abençoado, lhe darás.  15 Lembrar-te-ás de que foste servo na terra do Egito e de que o SENHOR, teu Deus, te remiu; pelo que, hoje, isso te ordeno.  16 Se, porém, ele te disser: Não sairei de ti; porquanto te ama, a ti e a tua casa, por estar bem contigo, 17 então, tomarás uma sovela e lhe furarás a orelha, na porta, e será para sempre teu servo; e também assim farás à tua serva.
Veja: os hebreus não podiam maltratar aos seus servos, como os egípcios haviam feito antes com eles. Ao contrário, eles deveriam tratá-los bem, e quando chegasse o tempo da libertação, que seria ao final de seis anos, não poderiam ser despedidos de mãos vazias, mas deveriam ser despedidos na posse de gado e alimentos, para que tivessem com o que “recomeçar a vida” fora da casa do seu senhor.
Mas havia casos em que uma pessoa poderia continuar sendo serva de seu senhor, motivada pelo amor, pela gratidão, por estar bem com ele. O servo dizia: – “Não irei embora, mas quero servir-te para sempre”.
Se este fosse o caso, havia uma cerimônia que oficializaria e concretizaria este desejo: o senhor tomaria uma sovela (é um instrumento pontiagudo, utilizado pera perfurar couro), e perfuraria a orelha do servo, contra a porta da casa.
Esta era a marca da servidão voluntária, motivada pelo amor[19].
Já lemos em Romanos 14, que foi para este fim que Jesus morreu e ressuscitou, isto é, para que sejamos seus servos.
Mas não uma servidão obrigatória: é uma servidão de amor. Vamos ler 2ª aos Coríntios 5:14 e 15:
 14 Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram.  15 E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
A palavra constranger aqui tem um sentido positivo; significa que o amor de Cristo "me cerca por todos os lados, de maneira que eu não posso escapar". Na verdade, eu não desejo escapar deste amor.
Então, constrangido por este amor eu entendo que, se Jesus morreu por mim, significa que ali na cruz eu morri. E agora então eu já não vivo para mim mesmo, mas vivo para aquele que por mim morreu e ressuscitou.
Crentes em Jesus não servem a Deus porque têm “medo do fogo do inferno”, ou “das trevas exteriores”, mas servem motivados pelo amor. Porque sabem que na cruz o Senhor cancelou suas dívidas para com a justiça de Deus[20], e os libertou do poder de seus pecados[21].
Então, livres do domínio do pecado, eles alegremente se entregam ao Senhor, como instrumentos de justiça[22].
Crente em Jesus, sirva a Deus em cada área de sua vida. Em sua casa, no relacionamento com a esposa, seja um servo de Deus na vida dela: trate sua esposa como o amor que vem de Deus ao seu coração. Com amizade, companheirismo, discernimento de que ela deve ser bem cuidada[23]. Buscando o crescimento dela no conhecimento de Deus. Até nas relações íntimas, seja cuidadoso, carinhoso, pensando em promover segurança alegria e prazer; busque o bem estar de sua esposa[24]. É assim que convém a um servo de Deus.
Esposas, de modo semelhante, cuidem bem de seus maridos. Sejam amigas, companheiras, boas donas de casa, respeitem seus maridos, sejam submissas a eles, sejam dedicadas aos filhos, amigas deles. É assim que convém a servas de Deus. É assim que o Evangelho de Jesus é honrado diante do mundo[25].
Não provoquem seus filhos à ira, mas criem-nos como discípulos do Senhor[26].
Filhos, honrem seus pais: com palavras, com obediência, servindo[27].
Em seu trabalho secular, viva para servir a Deus. Seja você líder ou liderado, trabalhe com prazer, sirva com prazer, com alegria, motivado pelo amor ao Senhor. Faça sempre o melhor[28].
Na igreja, veja quantas oportunidades você tem de demonstrar amor a Deus: servindo com seus dons, cooperando financeiramente, participando das atividades para o crescimento do reino de Deus, convivendo em amor com seus irmãos.
Vocês, que são oficiais, têm o privilégio não apenas de serem considerados líderes, mas de servirem de bom exemplo para os demais[29].
Enfim, em todas as coisas, sejam servos de Deus que o amam.
3. Servo bom e fiel
A terceira palavra que descreve o crente em Jesus, aqui nesta frase, é fiel. Ela tem o sentido de "confiável, que cumpre com os seus compromissos".
Ao contrário do que fez o servo mau e negligente. Você já viu uma pessoa assim? Que você incumbiu de uma tarefa, e depois esta pessoa inventa um coisa qualquer e não cumpre sua obrigação, ou não faz o que se comprometeu?
Servos de Deus não devem ser pessoas irresponsáveis diante de seus deveres com a família, com o trabalho ou com a igreja. Não são irresponsáveis em qualquer área de suas vidas. Pois cada área de suas vidas pertence ao Senhor.
Eu quero apenas mencionar a fidelidade em três aspectos do que venho dizendo.
Fidelidade no serviço da igreja – 1ª Co 4:1,2
1Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus.  2 Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.
Aqui, ser um despenseiro fiel significa cumprir com fidelidade o ministério que o Senhor lhe designou.
Fidelidade conjugal – Ml 2:13-16
13Ainda fazeis isto: cobris o altar do SENHOR de lágrimas, de choro e de gemidos, de sorte que ele já não olha para a oferta, nem a aceita com prazer da vossa mão.  14 E perguntais: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança.  15 Não fez o SENHOR um, mesmo que havendo nele um pouco de espírito? E por que somente um? Ele buscava a descendência que prometera. Portanto, cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade.  16 Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis.
Interessante, amados, é que até mesmo o divórcio é visto aqui como uma forma de infidelidade, pois é uma quebra de todos os compromissos feitos na presença de Deus.
Fidelidade no falar – 2ª Co 1:20
Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra para convosco não é sim e não.  
No contexto, Paulo explica que no Filho de Deus, Cristo Jesus, todas as promessas de Deus são confirmadas em nossa vida. E se Deus é um Deus de Palavra, que cumpre suas promessas, assim também os servos de Deus não são homens de palavra duvidosa, mas gente em que se pode confiar.
Foi por isto também que Jesus disse que por suas palavras você será justificado, ou será condenado[30].
Ser um servo bom e fiel a Deus significa, em todas as áreas de nossa vida, viver de acordo com os compromissos que ele requer de nós.
Conclusão e aplicação
Na parábola dos talentos, Jesus fala de um servo que não serviu. A desculpa é que ele achava o seu senhor um homem severo e injusto. Há muitas pessoas que são assim. Acham os mandamentos de Deus pesados, ruins, acham as coisas de Deus enfadonhas. Não querem servir a Deus.
Preferem a ociosidade espiritual. Mas sabe, as pessoas que pensam assim de Deus, os que não obedecem ao Evangelho[31], serão tratadas com severidade, como este servo mau que foi lançado nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes.
Mas os que obedecem ao Evangelho, Deus revela sua bondade, na cruz de Jesus Cristo.
Os que, conscientes do que foi realizado na cruz, convertem-se a Deus, e passam a ser seus servos motivados pelo amor, receberão a recompensa por terem sido fiéis no pouco: serão colocados sobre o muito, o reino de Deus, na vinda de Jesus.
Então se prepare para este dia: você é um marido fiel? Uma esposa fiel? Você é fiel aos seus pais? Aos seus filhos? Você é fiel no seu trabalho? É fiel na igreja? Você é fiel nas suas palavras? Você é fiel a Deus? Pois, pelo poder da cruz agindo em sua vida, bondade e fidelidade é o que Deus deseja de você.


[1] 2ª Pe 3:13
[2] Também At 1:1-11
[3] Também Ap 20:11-15
[4] Jo 11:43, 44
[5] Gn 1:1-25
[6] Pv 26:5
[7] Gn 39
[8] Fp 1:23
[9] 1º Cr 29:12
[10] Ag 2:8
[11] Ef 5:22-33
[12] Sl 127:3
[13] Ez 16:20 e 21
[14] Mt 6:27
[15] 1ª Co 4:7
[16] Ap 5:9-12
[17] Dt 15:18
[18] Dicionário de Strong.
[19] À luz disto, me parece que a melhor tradução do Salmo 40, v.6, é a da versão Almeida Revista e Corrigida, onde o servo diz assim ao Senhor seu Deus: “furaste as minhas orelhas”, isto é, “sou teu servo, estou aqui para fazer a tua vontade, movido pelo amor”. As outras versões em português dizem: “abriste os meus ouvidos”, isto é, para eu ouvir a tua palavra.
[20] Cl 2:13-15
[21] Ef 1:7
[22] Rm 6:10-13
[23] 1ª Pe 3:7
[24] 1ª Co 7:1-5
[25] Tt 2:3-5
[26] Ef 6:4
[27] Ef 6:1-3
[28] Ef 6:5-9
[29] 1ª Tm 3:1-13
[30] Mt 12:37
[31] Rm 11:22

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