Domingo, 22 de outubro de 2017
Pr. Plínio Fernandes
44 Já era quase a hora sexta, e,
escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona. 45
E rasgou-se pelo meio o véu do santuário. 46 Então, Jesus clamou em
alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou. 47
Vendo o centurião o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo:
Verdadeiramente, este homem era justo. 48 E todas as multidões
reunidas para este espetáculo, vendo o que havia acontecido, retiraram-se a
lamentar, batendo nos peitos. 49 Entretanto, todos os conhecidos de
Jesus e as mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia permaneceram a
contemplar de longe estas coisas.
Em Lucas 22:3, está escrito que Jesus disse aos que,
conduzidos por Judas, foram prendê-lo:
– “Esta é a vossa
hora e o poder das trevas”.
Talvez nada mostrasse isto tão intensamente como o que
aconteceu quando o Senhor foi cruelmente colocado sobre a cruz.
Desde a hora sexta (meio-dia) até à hora nona (três da
tarde), quando ele morreu, houve uma imensa escuridão sobre a terra.
Escuridão não somente no sentido visível, como se o dia
se tornasse em noite, mas também escuridão das almas que ali estavam.
As autoridades judaicas, os soldados romanos, a
multidão, e até mesmo os criminosos zombavam do Senhor.[1]
E os discípulos, bem como outras pessoas que o haviam
acompanhado, agora ficaram de longe, angustiados com tudo o que estava
acontecendo.[2]
Parecia que o mal havia triunfado.
Mas Jesus é “a luz do mundo”,[3] e
quando você acende uma luz num lugar escuro, as trevas não prevalecem contra
ela.[4]
No princípio de todas as coisas, quando a terra era sem
forma e vazia, e havia trevas, o Senhor disse: –“Haja luz!”, e houve luz.[5]
Da mesma forma, a promessa do profeta Isaías que dizia:
... Galiléia dos
gentios! O povo que estava em trevas, viu grande luz,E aos que viviam na região
e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz, [6]
... se cumpriu quando o Senhor, depois de ser batizado,
foi morar em Cafarnaum, e dali saiu para salvar pecadores, para curar enfermos,
expulsar demônios e anunciar a vida eterna no reino de Deus.
A mesma luz que, diz o apóstolo João, ilumina todo
homem que vem ao mundo.[7]
E agora, mesmo quando havia haviam chegado a hora e o
poder das trevas, mais uma vez a luz do Senhor prevaleceu.
Eu desejo meditar com vocês sobre a maneira como a luz
de Cristo prevaleceu sobre a escuridão daquela hora.
1. Prevaleceu
porque não foram os homens, nem foram as forças espirituais que mataram a Jesus
v. 46 – Então,
Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito
isto, expirou.
Veja, se você olhar do ponto de vista humano, a
crucificação de Jesus aconteceu através de uma série de atos de fúria raivosa e
irracional da parte das autoridades judaicas.
Os chefes judeus haviam desenvolvido um ódio imenso
contra o Senhor.
Herodes, rei da Galiléia, e Pôncio Pilatos, governador
da Judeia, não viram em Jesus crime algum. Ele nunca fez nada de errado.
Mas o ódio dos judeus era tão grande que não quiseram
que Jesus fosse “apenas açoitado”. Eles o queriam morto, conspirando com Judas,
o traidor, conseguiram que Jesus fosse crucificado.[8]
Mas por trás de toda a crueldade humana estava o plano de
Deus, vale dizer, o plano do próprio Senhor Jesus.
Vamos ler João 10.17, 18.
17 Por
isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. 18
Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho
autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu
Pai.
Se o Senhor Jesus quisesse, ele bem poderia pedir 12
legiões de anjos, e imediatamente eles viriam em seu socorro. [9]
Mas se ele fizesse assim, como então os planos e as promessas de Deus se
cumpririam?
Durante os últimos três anos de sua vida na terra,
quando Jesus ia por toda a parte, fazendo o bem e pregando o evangelho da nossa
salvação, houve várias ocasiões em que os homens maus quiseram matá-lo, mas
Jesus simplesmente se afastava, porque ainda não havia chegado a hora. [10]
Mas agora a hora havia chegado. E então, por volta da
hora nona, aquele que tinha o poder sobre a sua própria vida, morreu momento em
que quis, clamando em alta voz:
– Pai, em tuas
mãos entrego o meu espírito.
E dizendo isto, expirou.
2. A luz
prevaleceu sobre as trevas porque, em sua morte, o Senhor Jesus cumpriu a
grande missão de conduzir-nos ao céu
v. 45 – E rasgou-se pelo meio o véu do santuário.
O véu do santuário era uma espessa cortina que havia no
templo em Jerusalém, e que separava o lugar santíssimo (o “santo dos santos”)
dos demais recintos.
O santo dos santos, no qual ficava a arca a aliança,
era uma representação do céu, o lugar da presença de Deus, e não era qualquer
pessoa que podia entrar nele, mas somente o sumo sacerdote de Israel, e uma
única vez por ano, a fim de oferecer a Deus um sacrifício para expiar os
pecados do povo.
Para que o sumo sacerdote entrasse através do véu, ele
deveria estar santificado, e comparecer perante Deus com a oferta do sangue de
um cordeiro, sem defeito, que deveria ser aspergido sobre a tampa da arca da
aliança.
Este era o caminho pelo qual os homens deveriam
chagar-se a Deus. Sem o sangue do cordeiro nem mesmo o sumo sacerdote poderia
passar pelo véu.[11]
Mas quando Jesus foi crucificado, o véu do templo foi
rasgado, de alto abaixo.
Porque Jesus é o cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo. [12]
Por meio do corpo de Jesus na cruz, por meio do seu
sangue derramado, por meio da sua morte, um “novo e vivo caminho” para Deus foi
aberto para todos os homens que nele crerem.
Vamos ler Hebreus 10.19-22.
19 Tendo,
pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus,
20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é,
pela sua carne, 21 e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22
aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração
purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura.
Por meio da sua morte, Jesus é o nosso caminho para
Deus, a nossa porta de entrada no céu, é a nossa vida pela eternidade.
Um dos exemplos mais vívidos que temos na Escritura
aconteceu na hora mesma da crucificação do Senhor.
Mateus nos diz que os dois ladrões que também foram
crucificados estavam zombando de Jesus. Mas Lucas acrescenta que no coração de
um deles resplandeceu a luz da salvação.
Leiamos Lucas 23.39-43.
39 Um dos
malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo?
Salva-te a ti mesmo e a nós também. 40
Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a
Deus, estando sob igual sentença? 41
Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos
merecem; mas este nenhum mal fez. 42
E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. 43 Jesus lhe respondeu: Em verdade
te digo que hoje estarás comigo no paraíso.
Embora não saibamos como foi a vida pregressa deste
homem a história de sua conversão é tão clara.
Mateus nos diz que ele era um ladrão (literalmente,
“bandido”), e uma vez que condenado à morte, era provavelmente um assassino.
Mas em meio à sua vida errada, percebemos aqui, ele começou a ouvir de Jesus.
Quem sabe o tenha ouvido pessoalmente, nalguma de suas
pregações.
Veja como ele sabe tanta coisa sobre Jesus: sabe que
Jesus não tem pecado; sabe que Jesus é o rei, e que nos conduz ao reino de
Deus.
E também se reconhece como um pecador, e que está ali
na cruz por causa dos seus próprios pecados.
Então ele faz uma verdadeira profissão de sua fé, e
pede que Jesus se lembre dele.
E a resposta de Jesus é maravilhosa:
– Hoje mesmo
estarás comigo no paraíso.
O paraíso, de acordo com o que o apóstolo Paulo ensina,
é o lugar da habitação de Deus, onde vamos viver com Cristo após esta vida, um
lugar de consolo para todas as nossas lutas, tristezas e tribulações, e das
recompensas de uma vida de fé, amor e esperança em Jesus.[13]
Hoje: não daqui a centenas de anos, depois de um
prolongado “sono da alma”.
No paraíso: nem Jesus, nem o ladrão arrependido
precisaram passar um tempo no inferno ou no purgatório. Mas naquele mesmo dia
estariam no paraíso com Deus. [14]
Veja: como eram grandes as trevas em que este homem
vivia.
Mas a luz do Senhor resplandeceu em sua vida, ele
enxergou. E sua alma foi salva.
3. A luz que
resplandeceu naquelas trevas permanece brilhando eternamente.
Não sabemos o que aconteceu posteriormente com as
demais pessoas que estavam ali. Mas os soldados, especialmente o chefe deles,
ficou profundamente tocados com tudo o que aconteceu. E as multidões, que a
princípio se aglomeraram por “diversão”, saíram dali lamentando a morte de um
justo.
Talvez muitos deles tenham uns quarenta dias depois se
convertido, quando no dia do pentecostes ouviram Pedro dizer:
– A este Jesus, a
quem vós o crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.[15]
Mas o fato é que Pedro, e todos os demais discípulos e
mulheres que haviam ficado contemplando de longe depois se aproximaram, ou
melhor, foram aproximados.
E a partir deles muito mais gente, que um dia jazia nas
trevas do pecado, no vale da sombra da morte, foi iluminada.
Veja, meu irmão, o que o Espírito Santo fez na sua
vida:
2ª Co 4:3-6
3 Mas, se
o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está
encoberto, 4 nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos
incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de
Cristo, o qual é a imagem de Deus. 5
Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós
mesmos como vossos servos, por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que
disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.
Amado, a tua própria conversão é o poder da luz do
Senhor que continua a brilhar para sempre.
Houve um tempo em que você mesmo em trevas. Você não
conhecia a doutrina do Senhor, não conhecia o Senhor, e por natureza estava
condenado a uma vida de trevas eternas, naquele terrível lugar de choro e
aflição,[16] pois era escravo do
pecado, do mundo e de Satanás.[17]
Mas a luz do Evangelho disse ao seu coração: – Haja luz!; e a tua alma resplandeceu.
Hoje você vive na luz. Você sabe o seu caminho. O seu
caminho é Jesus. Você sabe para pode vai, porque o teu destino é a casa do Pai.
Eu sou a luz do
mundo, disse o Senhor. Quem em segue
não andará em trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.[18]
Conclusão
O dia da crucificação de Jesus foi o momento mais
terrível da história do mundo.
Deus encarnado estava sendo crucificado.
Os dominadores deste mundo tenebroso, as forças
espirituais do mal, estavam despejando sobre ele todo o ódio que têm para com
Deus desde o começo da história humana.
Pecadores ignorantes, pecadores religiosos e pecadores
bandidos zombavam e procuravam infligir dores físicas e morais sobre um homem
inocente, que não havia feito por merecer nada daquilo.
Mas também foi a hora em que a luz resplandeceu mais
intensa do quem em qualquer outra.
A luz resplandeceu porque ninguém tirou a vida de
Jesus. Ele é quem a entregou, e entregou para o seu Pai. Ele deu a sua vida em
lugar da nossa vida.
A luz resplandeceu nas trevas também porque na cruz ele
rasgou o véu do templo, a abriu para nós um caminho ao santo dos santos, à
presença de Deus nos mais altos céus.
A luz resplandeceu nas trevas porque desde lá continua
a brilhar para sempre, no coração de todo aquele a quem ouve o Evangelho e nele
crê.
Aplicações
Eu quero fazer três aplicações para a vida daqueles que
amam a Deus:
1. Confie em Deus, mesmo que o mundo pareça estar em
trevas
Is 50:10
Quem há
entre vós que tema ao SENHOR e que ouça a voz do seu Servo? Aquele que andou em
trevas, sem nenhuma luz, confie em o nome do SENHOR e se firme sobre o seu Deus
Amados, o mundo em que vivemos, decaído com está, e
especialmente os dias em que vivemos, está caminhando nas trevas.
Estamos em dias que o mal é chamado bem, e o bem é
chamado mal. Em dias que a Palavra de Deus, que é doce como o mel, é
considerada amarga, e o pecado é considerado doce. Em que se faz da luz
escuridade, e a escuridade é chamada esclarecimento.[19]
Dizem que homens não são homens e mulheres não são
mulheres.
Dizem que a verdade não é absoluta, mas que tudo é
relativo.
Dizem que os mandamentos de Deus são opressores , e que
a liberdade exige que façamos tudo o que desejarmos.
E o resultado é que a delinquência, a irreverência, as
blasfêmias contra Deus, os crimes estão correndo soltos em nossas ruas e nos palácios.
Mas isto não deve nos desanimar. Pois a luz do Senhor é
mais forte que todas as trevas que podem existir no universo inteiro.
Mesmo que as coisas estejam difíceis, confie que no fim
de todas as coisas o bem triunfará.
Ore pela nossa nação. Ore pela igreja do Senhor. Ore
pela sua casa. Muitas vezes, quando a imoralidade corre solta, as falsas
doutrinas são propagadas, a igreja torna-se fraca em seu testemunho, Deus tem
levantado o seu povo para se aproximar dele, para orar, para confessar e
abandonar seus pecados, e a história das nações tem mudado. Foi assim na
reforma do século XVI, e em muitos outros momentos da história.
2. No desanime quando as luzes do mal quiserem
prevalecer em teu próprio coração.
Muitas vezes a escuridão do pecado tenazmente nos
assedia. Muitas vezes as tentações das trevas querem nos envolver.
Mas a cada dia, aproxime-se de Deus. Jesus, pelo seu
corpo na cruz, abriu para nós um novo e vivo caminho. Pelo sangue de Jesus nós
temos acesso ao trono de Deus, e neste trono, que é um trono de graça, e não de
condenação para os crentes, temos também o mesmo Jesus como nosso sumo
sacerdote, intercedendo diante de um Pai amoroso.
Se tentados, ele nos ajuda em nossas tentações.
E mesmo assim, se cairmos, ele nos ajuda para que não
desfaleçamos em nossa fé, e tenhamos um coração ousado, limpo, em plena certeza
de fé.
Ande na luz do Senhor, confessando seus pecados a Deus,
não permitindo que as obras das trevas prevaleçam em seu coração.
3. Não seja cúmplice das obras das trevas, antes, reprove-as.
Amados, até as indústrias, os meios de comunicação em
massa, as chamadas classes de elite, as pessoas que se entendem por
esclarecidas (estas que a Palavra de Deus chama de loucas) estão se empenhando
ferozmente para divulgar, forçar, impor a imoralidade em nome da democracia, da
liberdade individual.
Não defenda estas coisas, não seja cúmplice destas
coisas, não participe.
Veja o Salmo 101.3
– Não porei coisa
injusta diante dos meus olhos.
Às vezes eu vejo alguém defendendo que nós, os crentes,
podemos, por exemplo, que podemos ouvir novelas de televisão, que podemos ouvir
músicas, que podemos participar de festas, sem nos importar com o conteúdo,
porque “o conteúdo não nos afeta”.
Fala-se mais ou menos assim:
– Se eu vir
alguém fazendo uma coisa errada, não significa que eu vá fazer também. Eu estou
apenas assistindo.
Está bem, suponhamos que não te afete (o que eu duvido
muito). Como você, dizendo-se filho da luz, fica a apreciar, a se recrear,
contemplando as obras das trevas.
E como não te afeta? Deveria afetar! Você deveria
sentir nojo destas coisas abomináveis a Deus. Desperta, tu que dormes;
levanta-te de entre os mortos, e Cristo te esclarecerá.[20]
Por último, quero fazer uma aplicação a alguém que
ainda não recebeu esta luz, que é Jesus, em seu coração.
Você está andando nas trevas do pecado, fazendo a
vontade de Satanás, o inimigo da tua alma, perdido e sem rumo.
E quando alguém anda na escuridão, o resultado é a
morte.
Mas Jesus pode iluminar a tua vida. Ele pode te livrar
das trevas e te conduzir seguro pelo caminho do céu.
Nós temos um hino que diz:
Deixa a luz do céu entrar,
Deixa o sol em ti nascer
Abre o coração, que Cristo vai entrar
E o sol em ti
nascer [21]
Venha ao Senhor Jesus, confiando que na cruz ele morreu
pelos seus pecados. Venha a Jesus por piores que sejas os seus pecados. Como
aquele malfeitor que pediu: – Senhor,
lembra-te de mim, quando entrares no teu reino, peça isto ao Senhor,
arrependido. Deixa a luz do céu entrar, e Jesus será a luz da tua vida.
[1] Vs. 34-36
[2] Mc 14:50
[3] Jo 8:12
[4] Jo 1:5
[5] Gn 1:3
[6] Cf. Mt 4:13-16; Is 9:1,2
[7] Jo 1:9
[8] Lc 23:8-25
[9] Mt 26.53
[10] Jo 7.30; 8.20
[11] Cf Hb 9:1-6
[12] Jo 1.29
[13] 2ª Co 12.1-4
[14] Ap 2.7
[15] At 2.36
[16] Mt 22.13
[17] Ef 2.1-3
[18] Jo 8.12
[19] Vj. Is 5.20
[20] Ef 5.11-14
[21] Hinário Novo Cântico, 209
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